Caravana de trailers e ônibus toma avenida no DF

Cobrando voto impresso e protestando contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), uma caravana de trailers, ônibus e caminhonetes ocuparam a saída da via L2 até a entrada da Esplanada dos Ministérios, no centro de Brasília.

Segundo informações do Metrópoles, o movimento de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem, aproximadamente, 100 veículos. A maioria dos manifestantes não usava máscara de proteção contra Covid-19.

“Sou empresário, nos governos do PT pagava muito imposto, quase perdi tudo o que o meu pai construiu, o que ele fez nos governos militares. Era difícil? Era, mas eles pegaram o país quebrado. Às vezes, ele [Bolsonaro] fala coisas, ofende, mas é porque, na situação em que estamos, tem de ser assim”, avalia Júlio César Raulino, 52, dono de posto de gasolina em Santa Catarina.

“Viemos pra defender o Brasil, o futuro dos nossos netos e filhos. Também pelo voto impresso e para tirar o STF que esta prejudicando o Brasil. O povo não aguenta mais, está revoltado e com razão. Fiquei sabendo da mobilização pela internet e pelas redes sociais”, disse a aposentada Maria Irene Venson, 66, moradora de Concordia (SC).

Imagem por: Arthur Menescal/Especial Metrópoles

 

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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