Cardeal condenado por corrupção busca reverter decisão para participar do conclave.

angelo-becciu

Giovanni Angelo Becciu, cardeal italiano de 76 anos, tornou-se uma figura central nas crônicas judiciais do Vaticano. Seu nome está ligado a acusações graves como nepotismo e corrupção. Apesar disso, ele nega as irregularidades e insiste em sua inocência, buscando o direito de voto no próximo conclave para eleger o sucessor do Papa Francisco.

Carreira

Ordenado sacerdote em 1972 na Sardenha, Becciu construiu uma longa carreira diplomática a partir de 1984. Atuou como núncio apostólico em países como Angola e São Tomé. Contudo, sua trajetória sofreu um revés com acusações de fraudes na compra irregular de um imóvel luxuoso em Londres, resultando em uma condenação a cinco anos e seis meses de prisão.

Em 2020, após investigação sobre corrupção na Santa Sé, Becciu renunciou aos direitos ligados ao cardinalato, mas contesta essa exclusão. Ele argumenta que não houve pedido formal para sua renúncia ao voto e afirma que foi convidado pelo Papa Francisco para participar das Congregações Gerais.

Decisão da congregação geral

A Congregação Geral dos Cardeais terá que decidir se aceita ou não a reivindicação polêmica de Becciu. Sua presença no conclave pode causar instabilidade no Sacro Colégio dos Cardeais devido a divisões internas sobre a linha do Papa Francisco.

Após a morte do Papa Francisco, Becciu expressou tristeza, mas também conforto espiritual, destacando sua colaboração com o pontífice nas decisões da Igreja.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp