Carga contrabandeada do Paraguai avaliada em R$ 2 mi é apreendida em Jataí

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Carga contrabandeada do Paraguai avaliada em R$ 2 mi é apreendida em Jataí

Uma carga milionária transportada do Paraguai foi apreendida por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em um posto de Jataí, na região sudeste de Goiás. Os produtos avaliados em R$ 2 milhões seriam distribuídos em Goiânia, conforme revelou o motorista do caminhão. O veículo havia partido de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.

 

De acordo com a instituição, os itens que seriam comercializados em Goiânia eram  eletroeletrônicos, celulares, materiais de pesca, perfumes e centenas de outros produtos. A apreensão incluiu cinco mil unidades de cigarros eletrônicos, que são vendidos a adolescentes em tacabarias e em sites da internet. A carga foi apreendida, o caminhão foi lacrado e encaminhado à Receita Federal em Goiânia.

 

Em 2021, a participação do produto ilícito correspondeu a 48% do mercado no país, segundo dados do Ipec. Foram 53,1 bilhões em carga de cigarros ilegais circulando nas cidades brasileiras. Do total, 39% foram contrabandeados, principalmente do Paraguai. O crime de contrabando ocorre quando alguém descumpre o controle aduaneiro na introdução e extração irregular de mercadorias estrangeiras proibidas no território brasileiro. 

 

Na lista dos produtos mais contrabandeados estão medicamentos sem registro na Anvisa, tabaco para narguilé e material de uso restrito das forças armadas e órgãos de segurança (coletes à prova de balas, spray de pimenta, arma de choque, mira telescópica e capacetes). A pena prevista varia de dois a cinco anos.

 

Segundo o Código Penal, contrabando significa importar ou exportar mercadoria proibida ou iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria. A pena é de um a quatro anos de reclusão.

Confira a lista de apreensões da PRF em Goiás

Produto apreendido 2020 2021 2022 2023
Bebida (litros) 474,46 240 448 310
Cigarro (maços) 200 57.700 39.200
Cosmético (unidade) 1.055 1.782 13.931 85
Eletrônico (unidade) 15 242 193
Equipamento de Informática (unidade) 1.662 374 802
Medicamento (unidade) 81 1
Pneu (unidade) 12 156 1.626 22
Vestuário  (unidade) 1.740 99 1.136 118
Alimento (kg) 4

Fonte: PRF

 

Assista ao vídeo:

 

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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