Carga de cocaína avaliada em R$ 7 milhões é apreendida em Guapó e em Goiânia

A Polícia Civil, por meio da da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas (Decar), deu início nesta segunda-feira, 1, à Operação Medida Certa. Dois suspeitos, de 25 e 26 anos, foram presos com uma carga de cocaína pura avaliada em quase R$ 7 milhões. A droga seria entregue em estados da região nordeste do país.

Parte da droga foi apreendida no fundo falso de um veículo Fiat/Strada, na entrada do município de Guapó. O veículo se deslocava para o estado do Maranhão. Outra parte da droga foi apreendida em uma residência de Goiânia, no Setor Centro-Oeste. Um dos suspeitos foi preso, durante fuga, na zona rural de Nerópolis e o outro no bairro da capital.

Todos os suspeitos envolvidos já foram identificados. De acordo com a Polícia Civil, eles são ligados a roubos de cargas, tráfico internacional de drogas e armas de fogo. Os dois presos nesta operação responderão pelos delitos de tráfico de drogas e associação para o tráfico.

A operação, que tem o objetivo de combater o tráfico de drogas e o comércio ilegal de armas de fogos em rodovias goianas, teve o apoio da Polícia Militar (PM) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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