Carinho e cuidado: o trabalho voluntário em hospitais de Goiânia

Hospitalegres voluntário Goiânia

“A solidariedade é o sentimento que melhor expressa o respeito pela dignidade humana”. A frase é do escritor tcheco Franz Kafka e pode muito bem se aplicar no contexto de trabalho voluntário. Em Goiânia, diversas instituições realizam ações sociais nos mais diversos espaços, incluindo hospitais. A pandemia pode até ter afetado, mas as visitas estão na ativa.

Trabalho voluntário em Goiânia

Para entender melhor como funciona o trabalho voluntário dentro de um hospital de Goiânia, o Diário do Estado bateu um papo com Yasmim da Silva, de 20 anos. Ela sempre ajudou muito na igreja, porém, aos 15 anos, decidiu que gostaria de ajudar ‘por fora’, sem envolver religião ou política.

Foi então que ela encontrou o Hospitalegres. “Nós fazemos visitas semanais em hospitais, asilos, orfanatos, entre outros. Também promovemos o que chamamos de ‘ação’, onde arrecadamos e fazemos doações. Geralmente ocorre na Páscoa, Dia da Mulher, Dia das Crianças e Natal”, descreve.

A intenção do Hospitalegres é que o grupo eventualmente se transforme em uma ONG, fazendo cursos de relação com serviço social e psicologia. No momento, o grupo voluntário atua apenas em Goiânia, em locais como o Hospital Araújo Jorge, o Hospital do Câncer e clínicas de hemodiálise.

“Nós vamos para conversar, escutar o que eles querem falar, cantar e dançar. Eles adoram”, afirma Yasmim.

Estudante de Direito, ela faz parte de uma equipe com 125 trabalhadores voluntários. Em toda a sua trajetória, Yasmim já presenciou muitos momentos que a marcaram de maneira definitiva.

“O momento que mais me marcou foi quando fomos em um asilo e uma das ocupantes tinha câncer. Coincidentemente, meu avô estava lutando contra o terceiro câncer na mesma época. Ela ficou a visita todo do meu lado e orava, confortando meu coração diante da situação. Eu não havia falado nada. Ela simplesmente sentiu e me amparou no momento em que ela precisava de amparo”, conta.

Como funciona o processo?

De acordo com Yasmim, para realizar um trabalho voluntário em um hospital é necessário ligar no estabelecimento em questão e pedir o telefone do responsável. O DE tentou contato com as as assessorias do Araújo Jorge, Hospital do Câncer e Hospital Estadual da Mulher (Hemu) para buscar mais informações.

Até o momento da publicação desta matéria, apenas a da Hemu respondeu. “Para fazer a visita aos hospitais é preciso passar por um requerimento, mas para pessoas conhecidas da área o processo tende a ser mais rápido”, disse a assessoria.

Segundo a comunicação da Hemu, voluntários que queiram desenvolver uma atividade dentro da unidade, levando alegria aos pacientes, devem encaminhar um requerimento à diretoria da unidade, com a proposta das ações a serem desenvolvidas na instituição.

Sendo aprovada e autorizada a visita, é só agendar com a equipe do Serviço Social, que acompanha toda a ação, junto aos pacientes.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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