A deputada Carla Zambelli (PSL-SP) foi intimada pela Polícia Federal neste sábado (4) a prestar depoimento sobre investigações sob o inquérito de Fake News. A ordem foi informada pela deputada em suas redes sociais e anunciou que deve ser feita até domingo (5). “Ou seja, antes do dia 7 de setembro”, escreveu Zambelli.
“Mesmo sem ter acesso aos autos, em respeito a Polícia Federal e a Constituição, me farei presente. É certo que para mim, o mar ficará agitado após essa oitiva, mas nada impedirá que mantenha minhas convicções e acredite naquilo que sempre defendi”, afirmou a deputada.
O inquérito das Fake News é relatado no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo ministro Alexandre de Moraes e foi aberto em março de 2019 para investigar ameaças a ministros do tribunal e uma suposta rede de divulgação de notícias falsas.
Nas redes, Zambelli postou uma ”carta aberta aos brasileiros”, onde ela comenta sobre as manifestações marcadas para o dia 7 de setembro. Nela, a deputada relembra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e as manifestações de 2013.
“Aproveito esse momento para relembrar ao povo, que por sua vontade, sem quebrar qualquer vidraça, retiramos uma Presidente da República do Palácio do Planalto. É com esse mesmo espírito que conclamo a todos meus amigos eleitores e cidadãos brasileiros a comparecerem às manifestações da Nova Independência com o propósito de pacificar o país, unir o país em prol da defesa da Constituição e das liberdades, sem qualquer ato de violência ou ataque a quem quer que seja”, disse.
As manifestações do dia 7 de setembro foram inflamadas pelo presidente Jair Bolsonaro nos últimos meses. Ele defende aos apoiadores que ganhou as eleições em 2018 durante o primeiro turno.
Para ele, as eleições foram fraudadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Isso gerou uma briga entre o chefe do Executivo e o presidente do TSE, Luis Roberto Barroso.
Barroso defende que as eleições são justas e as declarações do presidente não passam de fake news.
A ação implodiu em uma verdadeira ”guerra” contra o Supremo por apoiadores do presidente, que agora coordena atos em Brasília contra a Corte.