Carlinhos Cachoeira volta a utilizar tornozeleira eletrônica

O bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, reinstalou a tornozeleira eletrônica, na tarde desta quarta-feira (3), na Colônia Agroindustrial do Regime Semiaberto, em Aparecida de Goiânia. Ele cumpre nova determinação da Justiça e volta a ser monitorado horas antes do fim do prazo determinado na decisão.

Cachoeira cumpre pena em Goiás por corrupção e fraude em uma licitação da Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj). Em 2012, ele foi condenado a 8 anos de prisão pelos crimes. O contraventor não era monitorado desde o fim de agosto, quando a Justiça autorizou a retirada do equipamento.

Entenda 

No documento expedido pelo juiz Oscar de Oliveira Sá Neto no último dia 28 de setembro, fica determinado que, após a notificação, Cachoeira teria até 24h para colocar a tornozeleira eletrônica – prazo que expiraria até o fim desta terça-feira, segundo a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP).

Além disto, o magistrado divulgou, na decisão, 15 condições para que o contraventor cumpra a pena em regime semiaberto. Entre elas, ficar em casa das 20h as 5h em dias úteis e trabalhar e se deslocar durante o dia somente em Aparecida de Goiânia e Capital.

Retirada do equipamento

A autorização para retirada do equipamento foi dada pelo juiz Levine Raja Gabaglia Artiaga, após analisar um pedido da defesa de Cachoeira. Os advogados alegaram que ele precisa fazer viagens a trabalho – o bicheiro trabalha em uma empresa de distribuição de materiais hospitalares e farmacêuticos.

No dia 21 de junho, Cachoeira foi filmado participando da festa de aniversário da filha em um Centro Municipal de Educação Infantil. Na decisão sobre a liberação da tornozeleira, o juiz Levine Raja Gabaglia Artiaga alega que isso não constituiu em uma falha grave.

Com a decisão, Carlinhos Cachoeira ficou autorizado a viajar exclusivamente a trabalho por até três dias para qualquer cidade, desde que informe as autoridades responsáveis. Já viagens a lazer deveriam ser autorizadas pela Justiça. (Com informações de G1)

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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