O vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL-RJ) publicou, nesta terça-feira (9), uma análise crítica acerca do Centrão. A análise ocorre em meio às articulações de seu irmão, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), em busca de apoio de legendas à sua pré-candidatura à Presidência. Entre as siglas, Flávio busca o PP, do senador Ciro Nogueira (PI), que ainda diz preferir a candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
De acordo com Carlos, o Centrão não quer ‘liberdade econômica de verdade, nem autonomia do cidadão. O projeto é outro – silencioso, mas evidente para quem presta atenção.’ O grupo político ainda foi associado ao mercado financeiro, responsável por ‘lucros astronômicos aos bancos e sustentando um modelo de juros estratosféricos que estrangula famílias, empresas e governos.’
Declaração de Carlos ocorre após Flávio dizer que será um ‘Bolsonaro centrado’
Em entrevista à Folha de São Paulo, Flávio disse que pretende ser ‘um Bolsonaro centrado, equilibrado e que tem algumas opiniões próprias.’ Para Carlos, em referência ao Centrão, ‘o discurso de ‘responsabilidade’, ‘equilíbrio’ e ‘moderação política’ serve apenas de cortina para manter a engrenagem funcionando: um bloco político que negocia poder, controla verbas, drena recursos e segue obedecendo ao comando dos verdadeiros chefes – os que lucram com a paralisia do país.’
Após a declaração de Flávio de que teria um ‘preço’ para desistir de sua candidatura, o Ibovespa registrou queda e o dólar subiu. Depois disso, o senador explicou que a condição seria a liberdade e elegibilidade de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro. Sobre o cenário econômico, Flávio disse que terá no ex-ministro da Economia Paulo Guedes um conselheiro e que continuará o projeto do economista para o país.
Nas palavras de Carlos, o Brasil vive um ‘ciclo de dependência bancária, onde o brasileiro é empurrado para o crédito caro, para o endividamento permanente e para a submissão econômica. Um sistema que transforma o trabalhador em devedor e o empreendedor em refém.




