Carlos Bolsonaro liderava o ‘gabinete do ódio’, disseminando fake news e controlando redes sociais do pai, Jair Bolsonaro, segundo delação à PF.
Responsável pelo Gabinete do Ódio
Carlos Bolsonaro, vereador pelo partido Republicanos no Rio de Janeiro, foi apontado como o responsável por comandar o chamado “gabinete do ódio”, uma estrutura que visava atacar adversários políticos e disseminar notícias falsas nas redes sociais. Essa informação foi revelada pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, em uma delação à Polícia Federal (PF). Cid afirmou que Carlos Bolsonaro estimulava e coordenava ataques, utilizando a estrutura pública para gerar animosidade nas redes sociais.
Pessoas Envolvidas
Segundo Cid, as pessoas envolvidas eram contratadas formalmente e trabalhavam em estreita ligação com Carlos Bolsonaro. Entre elas, destacam-se Tércio Arnaud, José Mateus e outro Mateus, cujo nome completo não foi divulgado. Cid ressaltou que essas pessoas estavam dentro da assessoria do ex-presidente desde o início do governo, em 2019, e que dois deles já estavam envolvidos antes mesmo de Jair Bolsonaro assumir a presidência.
Controle das Redes Sociais
Carlos Bolsonaro controlava as redes sociais do pai, exceto o Facebook, que era gerido por Jair Bolsonaro. Cid afirmou que Carlos Bolsonaro “ditava” o que os assessores deveriam publicar nas redes sociais. A Polícia Federal investiga a atuação desse grupo, que atua na criação e disseminação de notícias falsas para desacreditar instituições democráticas e reforçar a polarização política.
Investigações em Andamento
Em janeiro do ano passado, Tércio Arnaud foi alvo de uma busca e apreensão na casa de Jair Bolsonaro em Angra dos Reis, onde teve um laptop e um tablet apreendidos.