Cármen Lúcia, ao iniciar a leitura de seu voto no julgamento do caso envolvendo o golpe de Estado, fez um resgate histórico dos golpes no Brasil, expressando que ‘pulsa o Brasil que me dói’ nesta ação penal. A ministra foi direta ao mostrar o caminho de sua decisão, recordando que foram os eventos passados que estabeleceram a proibição do golpe em nosso país. Afirmou que a sociedade e as instituições precisam rejeitar qualquer tipo de afronta à democracia, visto que essa postura não pode ser justificada ou tolerada. Em um tom incisivo, Cármen Lúcia ressaltou que o presidente Bolsonaro não pode se eximir da responsabilidade de saber o que é legal e o que é crime, principalmente tratando-se de golpe de Estado. Para a ministra, é imperativo que as autoridades estejam cientes da importância de preservar a ordem democrática e respeitar as leis vigentes. Ela frisou que a defesa da Constituição deve ser um compromisso de todos e que qualquer tentativa de subverter a ordem merece ser repudiada e reprimida com base na legislação vigente. No contexto do julgamento em questão, a ministra destacou que o Brasil não pode retroceder e permitir que práticas golpistas sejam vistas com normalidade, reforçando a necessidade de cumprir os preceitos legais e constitucionais vigentes para garantir a estabilidade democrática no país.