Carnaval 2022: aumento de casos de Covid-19 será resposta de aglomerações

Carnaval 2022: aumento de casos de Covid-19 será resposta de aglomerações

As festas de Carnaval colocaram em risco a estabilidade da Covid-19 em Goiás. A tendência é que ocorra um aumento nos casos positivos e hospitalizações, já que a variante Ômicron do novo coronavírus, predominante no país, apesar de apresentar menor gravidade, é altamente contagiosa.

Em alguns municípios goianos as festividades de Carnaval foram canceladas, entretanto, o período ainda é visto como preocupante pela médica infectologista, Juliana Barreto. A razão é simples: as aglomerações acabam acontecendo durante o feriado.

“As pessoas, pelo feriado, acabam se aglomerando para o Carnaval. Se houver essa aglomeração, daqui dez dias nós vamos ver o reflexo disso, que é o aumento de casos, ter que fechar o comércio, ou seja, retrocesso. Então, tudo depende do comportamento social coletivo”, afirma Juliana Barreto.

Já o médico infectologista, Marcelo Daher, acredita que ocorra aumento no número de casos, mas sem maiores consequências. Isso se justificaria pelo fato de mais de 70% da população estar vacinada contra a doença.

“Provavelmente haverá um repique de casos, normalmente isso acontece entre os mais jovens. Um aumento de diagnósticos e depois se estabiliza. A gente tem visto isso na Inglaterra e na Dinamarca. Pela alta cobertura que nós temos, por ser o grupo mais jovem que está se expondo e por ser a variante Ômicron, provavelmente não teremos um aumento de internações hospitalares tão significativos”, explicou Marcelo Daher.

Recomendações

No entanto, Daher reforça a importância da atenção e responsabilidade para evitar a infecção em idosos e portadores de comorbidades.

“No Carnaval é impossível evitar aglomeração para quem foi para festas. Então, o que é importante neste momento? É necessário que essas pessoas mantenham o distanciamento social com pessoas mais velhas e de maior risco. E só se aproximem delas novamente cinco ou seis dias depois, de preferência testado”, ressaltou Daher.

Ainda de acordo com o médico, realizar o teste de detecção da Covid-19 é essencial para evitar que o vírus atinja pessoas mais vulneráveis.

“Testem-se antes de se aproximar das pessoas mais vulneráveis. Que poderia ter uma forma mais grave da doença. E esse teste deve ser feito de cinco a seis dias após a última exposição de maior risco. Esta seria a conduta mais prudente neste momento de ômicron”, conclui o Daher.

 

Boletim epidemiológico

De acordo com o último boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-GO), Goiás registrou 459 novos casos de Covid-19. Desde o inicio da pandemia foram registrados 1.166.574 casos e 25.750 mortes em decorrência da doença.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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