Carreta Furacão é proibida de usar imagem de Fofão e deverá pagar R$ 70 Mil à família do criador

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) determinou que a Carreta Furacão está proibida de utilizar a imagem do personagem Fofão em suas apresentações musicais e peças publicitárias. Além disso, a empresa deverá pagar uma indenização de R$ 70 mil à família de Orival Pessini, criador do personagem, falecido em 2016.

A decisão foi confirmada pela 2ª Câmara de Direito Privado do TJ-SP na segunda-feira ,15. O desembargador José Carlos Ferreira Alves, relator do caso, explicou que Pessini havia declarado em vida que o boneco Fofão só poderia ser usado para entretenimento do público juvenil, e após seu falecimento, as máscaras e trajes do personagem foram destruídos conforme seu desejo.

No processo, o desembargador apontou que a Carreta Furacão utilizou características idênticas às do boneco Fofão, alterando apenas o nome para Fonfon, o que foi considerado plágio. “Uma vez demonstrada a utilização indevida com a modificação não autorizada pelo autor da obra, a conduta ilícita já está caracterizada, sendo o dano dela decorrente presumido,” declarou o desembargador.

A defesa da Carreta Furacão argumentou que o personagem Fonfon era uma paródia e uma homenagem ao boneco original, sendo o mascote mais querido do público, e que não havia intenção de burlar os direitos autorais. Contudo, o tribunal decidiu em favor da família de Orival Pessini, reforçando o direito exclusivo do autor de utilizar e dispor de sua obra conforme desejado.

Essa decisão marca um precedente importante na proteção dos direitos autorais, ressaltando a importância de respeitar as vontades dos criadores e os limites do uso de suas criações para fins comerciais.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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