Carretas com mais de 290 toneladas de donativos de Goiás chegam ao Rio Grande do Sul

O comboio de 15 carretas, com mais de 290 toneladas de donativos, que saiu de Goiás na última sexta-feira (10/05), chegou ao Rio Grande do Sul na noite desta segunda-feira (13/05). A remessa foi arrecadada por meio de campanhas do Governo do Estado, com apoio de empresas e da população às vítimas das fortes chuvas que atingem o estado gaúcho. Outro comboio, desta vez com quatro carretas, será enviado ainda nesta terça-feira (14/05) carregando mais de 108 toneladas de donativos.

Dentre as doações estão cestas básicas, água mineral, colchões, cobertores, roupas de cama, agasalhos, vestuários, filtros de barro, ração animal e remédios. As cidades beneficiadas são Passo Fundo (aproximadamente 105 toneladas), Esteio (12 toneladas), Gravataí (56,5 toneladas), Canoas (87 toneladas) e Porto Alegre (34 toneladas).

A iniciativa teve mobilização do Goiás Social, com suporte do Corpo de Bombeiros e das secretarias de Desenvolvimento Social (Seds), de Indústria e Comércio (SIC) e Esporte e Lazer (Seel). Os últimos preparativos do envio feito na sexta-feira foram acompanhados pelo governador Ronaldo Caiado e pela coordenadora do Goiás Social, primeira-dama Gracinha Caiado. “Estamos enviando todos esses produtos, mas de forma muito bem organizada, já bem distribuídos, empacotados separadamente, para facilitar a entrega imediata aos irmãos gaúchos”, afirmou Caiado na ocasião.

As doações acumularam 60 toneladas de cestas básicas, 100 mil litros de água, 42 toneladas de roupas, cobertores e 10 mil unidades do alimento Mix do Bem, além de kits de medicamentos. O comboio teve livre trânsito nas praças de pedágio ao longo do trajeto de mais de 2 mil quilômetros. A arrecadação seguirá até o dia 22 deste mês e, para esta entrega, contou com importante colaboração da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), da Saneago, do Grupo José Alves, da Ypê Mineradora, da Caramuru Alimentos, da Assembleia Legislativa, da Cufa, do Comando de Operações da Defesa Civil, da Empresa Rit Log e da população goiana.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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