Carro de venezuelanos cai em córrego de MG e sobrevive graças a ‘bolha de ar’

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Homens que ficaram 10 minutos presos em carro submerso em córrego de MG
sobreviveram graças a ‘bolha de ar’; entenda

O homem de 39 anos e o jovem, de 19, ambos venezuelanos, foram resgatados conscientes, mas desorientados; há a suspeita de que o motorista tenha dormido ao volante. Uma câmera de monitoramento flagrou o momento em que o carro cai da ponte.

Carro de venezuelanos cai em córrego de Ituiutaba

Dois venezuelanos, de 39 e 19 anos, moradores de Ituiutaba, no Triângulo Mineiro, foram resgatados pelo Corpo de Bombeiros após ficarem presos em um carro que afundou no Córrego Pirapitinga. Eles sobreviveram graças à formação de um bolsão de ar, também conhecido como “bolha de ar”, que se formou dentro do veículo.

As vítimas ficaram presas por cerca de 10 minutos e conseguiram gritar por socorro mesmo estando submersas. O caso ocorreu no sábado (19), no Bairro Setor Norte.

O carro onde estavam as vítimas foi flagrado por uma câmera de monitoramento arrancando com dificuldade na esquina da ponte localizada no cruzamento da Avenida 12-A com a Avenida Marginal, que passa sobre o córrego. Poucos metros depois, o veículo despenca da ponte, capota e cai na água com as rodas para cima.
O Corpo de Bombeiros foi acionado e iniciou o resgate antes mesmo da chegada de reforços, diante do risco de afogamento. Os gritos de socorro, ouvidos do lado de fora, indicavam que as vítimas ainda estavam vivas. Entre o momento do acidente e o fim da operação de resgate, os bombeiros estimam que se passaram cerca de 10 minutos.

Durante o mergulho no córrego, os militares encontraram o homem e o jovem na parte traseira do carro. As janelas estavam fechadas e as portas, obstruídas pela lama e pela pressão da água. Os bombeiros só conseguiram retirar os dois após desvirar o veículo. A suspeita é de que os venezuelanos tenham conseguido respirar dentro do carro submerso graças à formação do bolsão de ar. Bolsões de ar são espaços onde o ar fica preso dentro de uma estrutura submersa, como um carro ou embarcação. Eles se formam quando o ar não consegue escapar e acaba acumulado em compartimentos fechados, criando uma espécie de “bolha” que pode permitir a respiração por algum tempo, mesmo debaixo d’água.

Três bombeiros participaram da operação de resgate, acompanhada de perto por moradores da região, que manifestavam angústia e alívio enquanto os militares mergulhavam em busca das vítimas. Segundo a corporação, os bombeiros agiram rapidamente ao perceber que o carro estava afundando e sendo arrastado para o fundo do córrego, que tem cerca de 2,5 metros de profundidade. O jovem foi o primeiro a ser retirado. O homem saiu por outra janela, mas teve dificuldade para nadar até a superfície e precisou ser auxiliado por um dos bombeiros. Ambos foram retirados da água conscientes, mas desorientados.

De acordo com o boletim de ocorrência, a causa do acidente ainda é considerada inconclusiva, já que as vítimas estavam desorientadas devido ao impacto e aos sintomas de hipotermia. O registro policial, porém, menciona que um dos ocupantes relatou “nos poucos momentos de lucidez”, que o motorista perdeu o controle da direção após dormir ao volante. O Diário do Estado entrou em contato com a Polícia Civil para saber se há informações sobre a investigação das causas do acidente e aguarda retorno.

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