Veja a íntegra da carta enviada pelo governo Lula aos Estados Unidos sobre tarifaço de Trump
A carta enviada pelo governo brasileiro aos Estados Unidos é uma resposta direta ao anúncio do tarifaço feito por Donald Trump contra produtos brasileiros. Neste contexto, representantes do governo brasileiro expressaram sua indignação com a medida e demonstraram disposição em negociar uma solução para o impasse. A tarifa de 50% imposta por Trump gerou preocupações tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, uma vez que afeta setores importantes de ambas as economias e ameaça a parceria comercial entre os dois países, historicamente sólida.
Assinada pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, e pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, a carta é direcionada ao secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnik, e ao representante de Comércio, Jamieson Greer. O governo brasileiro destaca a longa história de cooperação econômica entre Brasil e Estados Unidos e ressalta a importância do comércio para o fortalecimento das relações bilaterais.
Na carta, Alckmin e Mauro Vieira mencionam a relação deficitária apresentada por Trump para justificar o tarifaço, ressaltando que os números indicam, na verdade, um saldo favorável para os americanos nos últimos anos. Desde o anúncio das tarifas em abril de 2025, o Brasil tem buscado dialogar com as autoridades norte-americanas de forma construtiva, apresentando propostas e solicitando feedback para melhorar o comércio bilateral e resolver as questões em pauta.
O governo brasileiro enviou uma proposta confidencial de negociação em maio de 2025, aguardando, até o momento, uma resposta dos EUA. Diante da urgência do tema, o Brasil reitera seu interesse em receber comentários e sugestões do governo dos Estados Unidos em relação à proposta brasileira. A intenção é dialogar, encontrar soluções mutuamente vantajosas e preservar o relacionamento histórico entre os dois países, minimizando os impactos negativos da elevação das tarifas sobre o comércio bilateral. A carta reforça a abertura do Brasil para negociar e chegar a um acordo que beneficie ambas as partes.