Última atualização 24/08/2023 | 12:44
O Ministério Público do Distrito Federal e Território (MPDFT) investiga um esquema de fraude milionária que foi descoberto graças à desconfiança do oficial de um cartório de Planaltina, no Distrito Federal. A Operação Escritório do Crime investiga um grupo de pessoas que tentaram se apropriar de um lote no valor de R$ 7 milhões em Formosa, no Entorno, cuja dona mora em São Paulo, fraudando documentos no cartório.
A intenção era adquirir o imóvel de forma fraudulenta para colocá-lo como garantia em empréstimos bancários. Entre os crimes investigados desde julho deste ano, quando a operação foi deflagrada, estão usurpação, falsidade ideológica e organização criminosa. Ainda na primeira fase da operação, D’Artagnan Costamilian, de 72 anos, foi preso apontado como responsável por grilagem de terras em Formosa.
Na segunda fase da operação, o MPTDF cumpriu três mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva contra Anderson Juvenal de Almeida, 43 anos. Anderson não foi encontrado e segue foragido. Ele é suspeito por atuar como um dos falsários da organização, reunindo um empresário e um advogado para se apropriar indevidamente do imóvel.
A investigação aponta que o grupo tentou forjar uma procuração em dois cartórios. Entretanto, um funcionário de uma cartório desconfiou da veracidade de uma documentação apresentada na serventia. O Tabelião indicou que a desconfiança surgiu pelo fato de que as informações nos documentos apresentados conflitavam com as informações na base nacional dos cartórios, além da foto não corresponder à imagem da pessoa que compareceu ao cartório.
A vítima foi identificada pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) e negou ter outorgado as procurações apresentadas e não conhecia o advogado, nem o empresário que fraudaram os documentos.