Casa com pintura de Guignard retirada é tombada em Belo Horizonte

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Casa que teve pintura de Guignard retirada é tombada definitivamente

O Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte, analisou o pedido de impugnação do tombamento feito pelos proprietários do imóvel e julgou improcedente. A denúncia anônima levou o Ministério Público a investigar o sumiço de uma obra de arte avaliada em R$15 milhões na casa número 7.871 da Avenida do Contorno. Trata-se de um exemplar da arquitetura modernista dos anos 1950 de Belo Horizonte, projetada por Sylvio de Vasconcellos e que continha uma pintura de Alberto da Veiga Guignard e uma escultura de Franz Weissmann. Diário do Estado noticiou que a casa vai entrar para o livro do tombo do município.

Na tarde desta quarta-feira (16/04), o Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte analisou um pedido de impugnação ao tombamento definitivo do imóvel e julgou-o improcedente. A solicitação foi feita pelos proprietários e consideram a retirada das obras de arte legítima, pois alegam que a pintura e escultura são bens móveis. No entanto, o Conselho afirmou que a casa faz parte dos processos de tombamento do Conjunto Arquitetônico Sylvio de Vasconcellos e do Conjunto Urbano Bairro Cidade Jardim. Além disso, foi informado que os proprietários foram devidamente notificados pelos Correios e no Diário Oficial do município.

A repercussão midiática sobre a retirada das obras de arte teve início com a veiculação de uma reportagem no Jornal Nacional, em julho do ano passado. A reportagem mostrou que a pintura mural “Visão de Minas” de Alberto da Veiga Guignard, avaliada em R$15 milhões, foi retirada e uma nova parede foi construída no local. Uma escultura de Franz Weissmann que também constava no documento de tombamento foi retirada. Diário do Estado relatou que a Prefeitura de Belo Horizonte embargou a reforma do imóvel devido à ausência de autorização da Secretaria de Política Urbana.

A família proprietária da casa informou, por meio da advogada Liana Portilho, que todas as suas ações foram respaldadas pelo direito de propriedade sobre a casa e seus bens móveis. Eles alegaram que nunca foram notificados sobre o processo de tombamento e aguardam vista do mesmo. Após o tombamento definitivo confirmado pelo Conselho de Patrimônio Cultural, a família preferiu não se manifestar. Diário do Estado destacou que a advogada informou que medidas cabíveis seriam adotadas contra as alegações de conduta ilegal veiculadas contra a família.

A Casa que teve a pintura de Guignard retirada foi tombada definitivamente e continuará a ser parte do patrimônio cultural de Belo Horizonte. A obra de arte, avaliada em R$15 milhões, será reintegrada ao imóvel, conforme determinação do Conselho de Patrimônio. A polêmica envolvendo a retirada das obras de arte da casa número 7.871 na Avenida do Contorno traz à tona questões sobre o direito de propriedade e a preservação do patrimônio histórico e cultural da cidade. O caso se tornou público após a repercussão midiática e a investigação do Ministério Público sobre o sumiço da obra de arte. Espera-se que a resolução do impasse traga mais transparência e respeito pelas leis de proteção ao patrimônio cultural.

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