Casa de Vidro na Barra da Tijuca: Escândalo de R$ 70 mil de aluguel envolvendo ex-mulher de bicheiro

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Casa de Vidro: Pulgar pagava R$ 70 mil de aluguel para ex-mulher de bicheiro na Barra da Tijuca

A polêmica envolvendo o aluguel da luxuosa “casa de vidro” de Bernardo Bello, localizada na Barra da Tijuca, ganhou destaque após a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) contra Tamara Harrouche Garcia, ex-mulher do bicheiro, por lavagem de dinheiro. O jogador do Flamengo, Eric Pulgar, era o locatário da propriedade, desembolsando mensalmente a quantia de R$ 70 mil em espécie. O pagamento era intermediado por um corretor e posteriormente repassado para Tamara, revelando uma relação suspeita entre a família do contraventor e a ex-mulher de Maninho, como era conhecido o pai de Tamara, morto em 2014.

A “casa de vidro”, apelido dado à residência de Bernardo Bello, foi adquirida com recursos supostamente provenientes de atividades ilícitas, como o jogo do bicho, máquinas caça-níqueis e até homicídios, de acordo com a denúncia do GAECO/MPRJ. Mesmo com o imóvel sequestrado judicialmente, Bello e Tamara decidiram alugá-lo para Pulgar, infringindo a legislação vigente. O contrato de locação previa o depósito em conta bancária, porém, a ex-mulher do bicheiro exigia o pagamento em dinheiro vivo, alegando bloqueio de suas contas devido a processos de inventário.

Além dos pagamentos em espécie, Tamara e o corretor se reuniam em locais públicos para efetuar as transações financeiras, conforme depoimento dado ao Gaeco. A Justiça determinou que Tamara compareça quinzenalmente em Juízo, além de proibi-la de sair do Rio por mais de 15 dias sem autorização judicial e de ter contato com testemunhas do processo. As defesas de Bernardo Bello, Tamara Harouche e Eric Pulgar não se pronunciaram sobre o caso.

A denúncia do MPRJ revela um esquema obscuro envolvendo a locação da “casa de vidro” na Barra da Tijuca e levanta questionamentos sobre a origem dos recursos utilizados no processo. O escândalo evidencia a importância de fiscalização e combate à lavagem de dinheiro, reforçando a necessidade de medidas mais rigorosas para coibir práticas ilícitas no mercado imobiliário. A repercussão do caso contribui para a transparência nas relações comerciais e destaca a importância da atuação dos órgãos competentes no combate à corrupção e crimes financeiros.

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