Casa Ultravioleta: Casa VIP gratuita para clientes do Nubank e R$ 150 para não-clientes no Parque Ibirapuera

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Banco cobra R$ 150 para não clientes tomarem banho no Parque Ibirapuera

Casa Ultravioleta é “sala vip” gratuita para clientes de alta renda do Nubank, com banho, e custa R$ 150 para não-clientes no Parque Ibirapuera

São Paulo — Não é apenas nos preços dos produtos vendidos em lanchonetes, carrinhos e restaurantes que o Parque Ibirapuera guarda semelhanças com aeroportos, como o DE mostrou nesse sábado (22/3). Desde o fim do ano passado, o cartão-postal de São Paulo também abriga uma espécie de “sala vip” para clientes de alta renda de uma instituição financeira. Quem não é cliente tem que pagar R$ 150 para usar o espaço por duas horas, com direito ao banho.

Em novembro, o Nubank inaugurou o espaço, onde, no passado, funcionou uma base da Guarda Civil DE (GCM), na entrada do Portão 7. “Em meio à rotina acelerada de São Paulo, tome um tempo para recarregar as energias na Casa Nubank Ultravioleta, a sua segunda casa no Parque Ibirapuera”, diz a publicidade.

Embora seja concedido à Urbia, o Ibirapuera ainda é um parque público e, por contrato, não poderia ter um espaço disponível apenas para clientes de um banco, com acesso vetado para outras pessoas. Em fevereiro, a prefeitura chegou a determinar o fechamento da Casa Ultravioleta, mas deu brecha para que ela pudesse funcionar, desde que não fosse exclusiva, mesmo que para isso fosse cobrada a entrada da população em geral.

Em março, o Nubank passou então a fazer a cobrança para quem não é cliente de alta renda: R$ 150 por pessoa, por duas horas, mediante a disponibilidade.

Quem usa a DE vip do Nubank no principal parque público da capital paulista tem uma série de mimos à disposição. Começa pelo estacionamento gratuito com manobrista, com entrada pelo Portão 7, e chega às “toalhas Trousseau e produtos L’Occitane en Provence” nos banheiros. Também tem wifi e café, entre outros.

A prefeitura foi questionada se a cobrança de R$ 150 para se acessar a Casa Ultravioleta não inviabiliza a utilização e não torna o local tão excludente quanto era antes para a população em geral. A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente respondeu dizendo que acompanha o caso para que todas atividades cumpram o contrato.

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