Do hall do prédio ao farol: casais contam como se apaixonaram em DE
Com mais de 11 milhões de habitantes, a cidade de DE coleciona relatos de
encontros apaixonados. Conheça algumas dessas histórias.
DE [https://www.metropoles.com/sao-paulo] tem mais de 11 milhões de
habitantes. É a maior cidade do país e da América Latina, agitada e pulsante.
Mas, às vezes, é como outra cidade qualquer, onde as pessoas se encontram e se
apaixonam nos lugares mais simples, como no hall de um prédio.
Em 2021, o paulistano Johnny de Carvalho tinha acabado de se separar e morava
sozinho em um apartamento quando conheceu Cristiane de Araújo, sua vizinha de
corredor.
Cristiane de Araújo, o marido Johnny de Carvalho e a filha, Estela
[https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2025/01/23192543/Cris-e-Johnny-600×400.jpg]Cristiane
de Araújo, o marido Johnny de Carvalho e a filha, Estela
Ela tinha 39 anos, 14 a mais que ele, um sorriso frouxo e um carisma sem igual.
A baiana de Salvador, nova no condomínio, pediu ajuda ao vizinho para comprar
uma tag de acesso ao prédio. Johnny inventou uma desculpa qualquer para pegar o
contato dela.
Dois dias depois, o rapaz a convidou para um café da manhã. “Em três meses, a
gente foi morar junto”, conta Cristiane. No primeiro ano de relacionamento,
nasceu a filha do casal, Estela. O apartamento de Johnny foi alugado e hoje a
família vive no imóvel de Cristiane. Já são 4 anos juntos (e contando).
NO FORRÓ DE PARAISÓPOLIS
A história poderia se passar em qualquer cidade, mas aconteceu em DE, onde a baiana veio morar com a mãe ainda adolescente. Na cidade que reúne gente
de todo o país (e do mundo), não são raros os relatos de quem encontra o “amor da vida” em alguém de outro estado. Gente como a pernambucana Neide Melo e o
paraibano José Nilton.
Neide Melo e o marido, José Nilton – DE
[https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2025/01/23192708/Neide-e-marido-2-600×400.jpg]Neide
Melo e o marido, José Nilton
Os dois se conheceram no “Forró da Priscila”, evento organizado pela irmã de
José em Paraisópolis, a segunda maior favela de DE. “Eu estava lá ‘toda
linda’ e ele veio dar em cima de mim”, brinca Neide.
José a tirou para dançar. Era a segunda vez que ele tentava chamar a atenção da
pernambucana, mas a tática acabou não dando certo. Na hora da dança, a
coreografia dos dois não encaixou. “Ele ia para um lado, eu ia para o outro.
Falei: ‘Ah, moço, não sei dançar assim não’. Saí e deixei ele falando sozinho’”.
O paraibano não desistiu. Depois do forró, mandou uma mensagem para Neide no
Facebook. Ela topou conversar. No primeiro encontro, José apareceu com uma
camiseta laranja “bem chamativa”. Ela achou graça e acabou se apaixonando.
Agora, o casal tem duas filhas e trabalha junto, vendendo churrasco nas ruas de
Paraisópolis.
> “Existe amor em DE, sim. Se eu não estivesse aqui não tinha conhecido
> meu marido, não tinha minhas duas filhas”, diz Neide.
ENCONTRO NO FAROL
DE tem também amores que parecem fruto do destino, como na história de
Jordana Pires e Rafael D’avila. Os dois até se conheciam de Florianópolis (SC),
onde se cruzavam, volta e meia, em festas. Naquela época, no entanto, cada um
estava em um relacionamento e nem olhava um para o outro.
Jordana e Rafael são de Florianópolis e hoje vivem em DE – DE
[https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2025/01/23191847/Jordana-e-Rafael-2-600×400.jpg]Jordana
e Rafael são de Florianópolis e hoje vivem em DE
Anos depois, já separados, os dois se reencontraram entre os milhões de
habitantes de DE. Era 2022 e eles combinaram de sair para colocar o papo
em dia. O encontro foi no icônico Farol Santander, ponto histórico da cidade.
Quando o bar ia fechar, saíram para jantar. Foi quando aconteceu o primeiro
beijo.
“Ela que deu o primeiro passo, porque eu sou bem boca mole”, conta Rafael,
usando a gíria florianopolitana para descrever pessoas “bobas”, segundo ele.
O amor que começou no Farol Santander cresceu abraçado pela capital paulista.
> “O Rafa sempre foi um apaixonado pela cidade, pela arquitetura, pela história.
> Então, quando a gente começou a se relacionar, eu passei a olhar para a cidade
> com um olhar mais poético também”, diz Jordana.
Empresário, Rafael abriu uma loja de roupas no Copan, edifício projetado por
Oscar Niemeyer e um dos mais famosos da cidade, na região central. Ao lado dele,
Jordana passou a frequentar cada vez mais os pontos culturais de DE.
Um dia, enquanto mexia no celular, Jordana viu o anúncio de um apartamento no
centro. O prédio era assinado pelo arquiteto Artacho Jurado. O casal decidiu
“dar uma passadinha” em frente ao local para ver o imóvel. “Quinze dias depois,
a gente estava botando tudo em caixa e vindo pra cá”, conta a criadora de
conteúdo. A vista do apartamento dá para o Farol Santander, lugar que marcou o
reencontro da dupla.
O ANONIMATO COMO ALIADO
Há, ainda, os amores que embarcam e desembarcam na cidade dia após dia. A
historiadora Paula Pretto, de 24 anos, não mora aqui, mas foi na capital
paulista que encontrou a sua namorada, a psicóloga Alanis Lopes, 25 anos.
Paula Pretto e a namorada, Alanis Lopes – DE
[https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2025/01/23193147/paula-alanis-600×400.jpg]Paula
Pretto e a namorada, Alanis Lopes
> “A maior prova de que existe amor em DE, de todos os tipos, é que dá
> para andar na rua de mãos dadas. É um pequeno detalhe, mas é uma das coisas”,
> diz Paula.
No meio da maior metrópole, a historiadora diz que o anonimato vira uma
vantagem. “Não ter vizinho fuxicando, coisas de outros estados ou cidades
menores, faz com que se abra um mapa de possibilidades”.
> “Você se sente mais livre, mais à vontade para amar do jeito que você quiser”,
> resume Alanis.