Casais oficializam união em Casamento Comunitário

O sim dito ao mesmo tempo por 262 noivos e noivas emocionou os convidados da 2ª edição do Casamento Comunitário realizado na noite desta segunda-feira (29). Os casais oficializaram a união no salão de festas do Centro de Esporte e Lazer da Ordem dos Advogados de Goiás (CEL da OAB) em Aparecida de Goiânia. O evento foi uma realização da Prefeitura de Aparecida de Goiânia, por meio da Secretaria de Assistência Social, em parceria com o Cartório Oliveira.

O brilho nos olhos evidenciava a felicidade do casal Warley Silva André e Renata Freitas Queiroz, que vivem juntos há 14 anos. “Nós construímos nossa família e hoje tivemos a oportunidade de oficilizar nosso amor. Agradecemos a todos por ajudar na realização do nosso sonho”, comemoram os dois após tirar foto com o prefeito Gustavo Mendanha no final da cerimônia ecumênica onde a juíza de paz pronunciou aos casais as palavras que selaram o matrimônio.

Foto: Claudivino Antunes

A primeira-dama e secretária de Assistência Social licenciada, Mayara Mendanha explanou que o desejo de ajudar a oficializar a união partiu do prefeito, que tem feito uma gestão voltada para o social. “Nós recebemos muitos pedidos de pessoas carentes que tinham essa vontade casar no cartório. Por isso que nós buscamos parcerias para conseguir realizar esse sonho. Realizamos o primeiro no ano passado e neste ano, ampliamos o benefício com muitos outros presentes. E ver o sorriso no rosto e o brilho no olhar, mostra que esse é um dos momentos mais felizes da vida de cada um”, disse.

A união entre o poder público e o privado ajudou a realizar o sonho dos 262 casais. Entre os parceiros estavam empresas especializadas em eventos matrimoniais como Cinelata Filmes, Revista Bem Casados, Edivânia Doces Finos e Gourmet, Francis Araújo Cerimonial e Casag OAB – Goiás. O salão de festas foi todo decorado e a marcha nupcial foi executada, ao vivo, por membros do projeto Casa de Música. Uma mesa foi decorada com bolo cenográfico onde muitos casais fizeram fotos para eternizar o momento.

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Ministro do STJ diz que autismo é ‘problema’ e que clínicas são ‘passeios’

Na última sexta-feira, 22, durante um evento em São Paulo, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Antônio Saldanha, fez declarações polêmicas sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Saldanha afirmou que o autismo é um “problema” e que as clínicas especializadas em tratamento promovem “passeios na floresta” para as crianças.
“Para os pais, é uma tranquilidade saber que o seu filho, que tem um problema, vai ficar de 6 a 8 horas por dia em uma clínica especializada, passeando na floresta. Mas isso custa,” disse Saldanha durante o Fórum Nacional do Judiciário para a Saúde. Essa comparação gerou forte reação entre os presentes e na comunidade autista.
 
A advogada Aline Plentz, que coordena um grupo que luta pelos direitos de pessoas autistas na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Jabaquara (SP), se sentiu ofendida pelas palavras do ministro. “Eu, como mãe de um autista, me senti totalmente ofendida. Não é uma tristeza ter uma pessoa com deficiência na família. Tristeza é ter um ministro nos representando e ter uma fala tão infeliz como esta,” destacou.
A promotora de Justiça do Amapá, Fábia Nilci Santana de Souza, também criticou as declarações de Saldanha. “Foi muito infeliz a fala, quando ele mencionou que, aos pais, era muito cômodo encaminhar os filhos para uma clínica, para ficarem 6 ou 8 horas. Eu tenho um filho autista de 17 anos, ele sofre por isso, a família sofre. E não existe a família ficar feliz quando tem um filho com transtorno que sofre discriminação, sofre exclusão,” disse.

Crítica à Lei Romário

Durante a palestra, transmitida no canal do YouTube do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Saldanha criticou a Lei Romário, que instituiu critérios para que beneficiários de planos de saúde possam solicitar a cobertura de procedimentos não incluídos no rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). “Essa Lei 14.454, chamada de Lei Romário, porque o senador Romário foi indicado como relator. Não por acaso, mas ele tem um filho com problemas de cognição, uma filha, não sei bem… É uma lei que abriu, não fala em medicina baseada em evidência, ela fala o seguinte: se vier um laudo técnico, tem que conceder [tratamento],” explicou.
Saldanha também afirmou que “qualquer um” pode ter “fator de autismo”. “Então, crianças que estão dentro do espectro, Transtorno do Espectro Autista, que é uma abrangência, o autismo pode ser, qualquer um de nós pode ter um fator de autismo, qualquer um de nós, acredito que eu, deva ter também, mas é um espectro enorme e começaram a brotar clínicas de autismo.”
 
O autismo, segundo o Ministério da Saúde, é um problema no desenvolvimento neurológico que prejudica a organização de pensamentos, sentimentos e emoções. As características incluem dificuldade de comunicação, socialização e comportamento limitado e repetitivo. Os sinais de alerta surgem nos primeiros meses de vida, mas a confirmação do diagnóstico costuma ocorrer aos dois ou três anos de idade.

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