A Justiça negou a liberdade ao casal acusado de um furto milionário em uma agência do Banco do Brasil em Vitória. Eduardo de Oliveira e Paloma Tolentino foram presos em novembro de 2024 no Rio Grande do Sul, enquanto tentavam fugir para o Uruguai. Eduardo, que trabalhava no banco há 12 anos, foi identificado como o responsável por retirar o dinheiro do cofre da agência utilizando seu cargo de gerente e tesoureiro.
A investigação teve início após outra gerente da agência notar o desaparecimento de Eduardo, que não compareceu ao trabalho após o crime. As suspeitas aumentaram quando uma grande quantia de dinheiro foi constatada como ausente. O casal foi encontrado com o veículo adquirido por Paloma no dia do furto, em que ela depositou R$ 74 mil na concessionária, dinheiro repassado por Eduardo.
A prisão domiciliar solicitada pela defesa de Paloma também foi negada pela justiça, uma vez que as crianças do casal estão sob os cuidados do pai. A audiência de instrução e julgamento está marcada para o dia 15 de abril de 2025 no Fórum Criminal de Vitória. Os réus permanecem presos no Rio Grande do Sul, podendo responder por furto qualificado, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
O juiz justificou a manutenção da prisão preventiva para garantir a ordem pública e evitar fugas. Paloma confessou que o dinheiro estava no porta-malas do veículo no momento da abordagem policial. Além disso, Eduardo repassou R$ 20 mil à ex-esposa como pagamento de uma suposta dívida relacionada a um automóvel anteriormente adquirido pelo casal.
A expectativa é que o Banco do Brasil forneça as gravações da agência para auxiliar no processo judicial. A decisão da justiça teve como base as provas apresentadas que indicam a participação do casal no furto milionário. Com a prisão mantida, eles poderão responder criminalmente pelos seus atos, enquanto aguardam a audiência que definirá seus destinos no caso.