Em uma festa infantil que acontecia no jardim de uma casa no Estado da Georgia, o casal José Torres e Kayla Norton junto á um comboio de caminhonetes começaram a fazer ameaças às famílias do local. As ameaças de morte eram direcionadas aos convidados negros da festa.
O caso ocorreu em junho do ano passado, poucos dias depois de um defensor da “supremacia branca” entrar em uma igreja e disparar contra negros na cidade de Charleston, na Carolina do Sul.
De acordo com a promotoria do caso, José Torres pegou uma espingarda em seu veículo, apontou a arma contra o grupo de afro-americanos e disse que iria matá-los. Seus companheiros diziam que os pequenos iriam tomar tiros também se referindo às crianças da festa.
No tribunal, Torres confessou que carregava uma arma. Disse que a usou porque “temia pela segurança de seus amigos”.
Enquanto parte dos membros do grupo de 15 pessoas confessou culpa no episódio, outros disseram que reagiram porque membros da festa atiraram objetos contra eles.
Durante o julgamento, Kayla Norton chorou muito e pediu desculpas às vítimas, que também estavam presentes no local.
“Quero que saibam que aquela não era eu e que aquele não era ele. Eu jamais viraria para vocês e diria aquelas palavras. Sinto muito pelo que aconteceu. Sinto muito”, disse.
Uma das vítimas, Hyesha Bryant, afirmou que perdoava os autores dos comentários racistas, mas disse que “seus insultos afetaram sua vida e de0 seus filhos”.
Torres foi condenado a 20 anos, 13 deles na prisão, e Kayla Norton a 15 anos, com 6 na cadeia. Os outros 15 suspeitos foram indiciados.