Casal de agricultores achado morto em SC: investigação descarta crime em desfecho inesperado de caso chocante. Aprenda mais!

Investigação descarta crime contra casal de agricultores achado morto com menos
de 24h de diferença em SC

Um caso que chocou a cidade de Itaiópolis, em Santa Catarina, teve um desfecho na última sexta-feira (6), quando a investigação conduzida pela Polícia Civil concluiu que não houve um crime contra o casal composto por Ângela Maria Kazmierczak Partala e Gerônimo Kosmala. Os corpos dos agricultores foram encontrados em suas respectivas casas em apenas um dia de diferença, gerando especulações e polêmicas na pequena comunidade do Norte do estado.

Quase sete meses de investigação foram conduzidos pelo delegado Eduardo Borges, que esclareceu que, apesar das suspeitas iniciais, não foi possível comprovar que o casal tenha sido vítima de homicídio. “Faltaram evidências concretas que pudessem apontar o envolvimento de terceiros nos óbitos”, afirmou o delegado. A causa da morte de Ângela não foi confirmada, mas acredita-se que Gerônimo tenha falecido de forma natural devido às comorbidades que enfrentava.

A polícia descobriu que Ângela era casada com outro homem, o que inicialmente gerou rumores sobre um relacionamento extraconjugal entre ela e Gerônimo. No entanto, as investigações revelaram que a realidade não era tão simples, com Ângela buscando refúgio na casa do agricultor após sofrer agressões do marido. O desenrolar da trama revelou um cenário de violência doméstica e tensões familiares.

O início da investigação se deu no dia em que Gerônimo foi descoberto sem vida em sua residência, enquanto Ângela ainda era velada. A cerimônia em homenagem à mulher precisou ser interrompida para que a perícia fosse realizada no local. Os indícios de violência encontrados no corpo de Ângela antes de sua morte reforçaram a possibilidade de um contexto de agressões e conflitos.

Apesar de surgir a suspeita de envenenamento devido à presença de frascos na casa de Gerônimo, a perícia não encontrou vestígios de substâncias tóxicas neles. A investigação concluiu que não houve homicídios e que os elementos coletados não indicavam tal possibilidade. Entretanto, o caso revelou um episódio marcante de violência doméstica e levou à investigação do marido de Ângela, que morreu durante o processo, encerrando a possibilidade de punição.

A comovente história do casal de agricultores de Itaiópolis evidencia a complexidade das relações familiares e os desafios enfrentados nos casos de violência doméstica. Com desfechos surpreendentes e reviravoltas dramáticas, o caso serve de alerta para os sinais de agressão e conflito que muitas vezes passam despercebidos. Cabe à sociedade e às autoridades estarem atentas a casos como esse, visando prevenir tragédias e proporcionar um ambiente seguro para todos.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Escola de atores em Porto Alegre é multada em R$ 150 mil por propaganda enganosa

O Ministério Público de Porto Alegre vai impor uma multa de pelo menos R$ 150 mil à escola de atores Elite Acting devido à suspeita de propaganda enganosa e descumprimento de contratos com alunos. De acordo com reportagens do Grupo de Investigação (GDI) da RBS, mais de uma centena de vítimas teriam sido enganadas pela instituição. A Promotoria de Defesa dos Direitos do Consumidor da capital gaúcha está investigando o caso, que envolve a promessa de benefícios não cumpridos.

A empresa Elite Acting ainda não se pronunciou oficialmente, mas garantiu que está à disposição das autoridades e do Ministério Público para colaborar com as investigações. A multa aplicada leva em consideração o descumprimento de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) assinado pela escola em 2021, que estabelecia a transparência sobre a participação dos clientes em audições, filmes e peças após a realização de um curso.

Com base em 30 casos de descumprimentos, o MP calculou o valor da multa em R$ 150 mil, que deverá ser destinado ao Fundo Estadual de Reconstituição dos Bens Lesados. O promotor Luciano de Faria Brasil destacou a continuidade das práticas enganosas da instituição e ressaltou a importância de reparar os danos coletivos causados pela empresa.

Os relatos dos alunos indicam que a escola abordava potenciais clientes na internet ou nas ruas da capital gaúcha oferecendo oportunidades de atuação em peças teatrais ou filmes. Entretanto, após a aprovação nas audições, os candidatos eram informados da necessidade de realizar um curso pago pela escola, que muitas vezes não resultava nas oportunidades prometidas.

Após a repercussão do caso, 115 supostas vítimas se reuniram em um grupo para compartilhar experiências. O MP já ouviu 30 delas e identificou um padrão de atuação da Elite Acting/Acting Filmes que desrespeita o Código de Defesa do Consumidor. A empresa, que possui diferentes CNPJs pertencentes ao mesmo grupo financeiro, está sujeita a punições adicionais se o número de vítimas aumentar.

Apesar das investigações em curso, a escola de atores não realizou novas publicações em suas redes sociais e a sede no Centro de Porto Alegre foi encontrada vazia por vizinhos. A falta de movimentação indica a possibilidade de que a empresa tenha interrompido suas atividades. A situação permanece sob análise das autoridades competentes para proteger os consumidores e evitar práticas abusivas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp