Casal de Campo Grande luta na Justiça por prêmio não registrado: entenda o caso

Recentemente, um casal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, se viu no centro de uma polêmica relacionada a uma aposta na Mega-Sena que não foi devidamente registrada pela casa lotérica. O fato ocorreu em 1999, quando o casal adquiriu meia cota do bolão do concurso 171 da loteria, porém a funcionária da lotérica não efetivou corretamente a aposta no sistema da Caixa Econômica Federal.

Após mais de 25 anos aguardando pela indenização referente ao prêmio da Mega-Sena, o casal decidiu recorrer à Justiça para resolver a questão. O processo passou pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) e chegou até o Supremo Tribunal Federal (STF). Em agosto de 2023, a ex-ministra Rosa Weber, então presidente do STF, proferiu uma decisão que fixou uma indenização de R$ 25 mil por danos morais e R$ 675.356,57 por danos materiais, valor correspondente ao prêmio que o casal receberia caso a aposta fosse registrada.

Apesar da vitória no campo jurídico, o casal ainda não recebeu a indenização estabelecida pela Justiça. Conforme a advogada Catarina Monteiro, uma das defensoras do casal, os valores determinados passarão por uma atualização que considerará juros, correção, honorários e o tempo decorrido desde a data do ocorrido.

O caso do casal de Campo Grande não é único, visto que, recentemente, uma mulher em São Paulo reivindicou o prêmio da Mega da Virada após afirmar ter acertado os seis números sorteados. No entanto, a operadora da casa lotérica onde fez o jogo não teria registrado a aposta conforme relatado pela apostadora. A mulher relatou ter recebido os comprovantes de aposta, porém ao checar em casa, percebeu a ausência do terceiro jogo, no qual constavam os seis números sorteados.

Para que a apostadora tenha sucesso em sua reivindicação, será necessário demonstrar que entregou o jogo premiado à funcionária da lotérica e que a falha no registro foi exclusivamente por culpa da funcionária. A advogada Catarina ressalta a importância de conferir o recibo emitido pelo terminal de apostas, pois esse é o documento que comprova o registro da aposta e habilita ao recebimento de prêmios.

Em casos como esse, a conferência dos comprovantes e a busca por evidências que comprovem a entrega do jogo se tornam cruciais para embasar a reivindicação do prêmio. Sem um respaldo sólido, a comprovação da falha pode ser dificultada, tornando o processo de obtenção da indenização mais complexo. A saga do casal de Campo Grande e da mulher de São Paulo evidenciam as complicações que podem surgir em situações envolvendo concursos de loteria e o registro correto das apostas.

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Vídeo: Câmeras Corporais de PMs registram morte de estudante de medicina na Vila Mariana – Vídeos impactantes.

Vídeo: câmeras corporais de PMs revelam morte de estudante de medicina

Estudante de medicina foi morto em abordagem da PM na Vila Mariana, zona sul de
SP. Família classificou caso como execução “covarde”. Veja

São Paulo — Os vídeos com as gravações das câmeras corporais dos policiais
militares envolvidos na morte do
estudante Marco Aurélio Cárdenas, em 20 de novembro de 2024
chegaram ao conhecimento dos familiares da vítima, que assistiram, nesta
sexta-feira (10/1), pela televisão, as imagens dos agentes que participaram da
abordagem, ocorrida em um hotel na Vila Mariana, em São Paulo.

O médico Julio César Acosta Navarro, pai de Marco Aurélio Cárdenas Acosta,
lamentou a execução “covarde” de seu filho e disse estar vivendo “tempos de
guerra da maldade, da criminalidade contra a nação, contra os inocentes”.

Julio relatou ao DE que não havia visto o vídeo das câmeras até esta
sexta-feira. “Acabo de ver, pela televisão, como foi executado o meu filho,
covardemente, e não foi socorrido por esse lixos desses soldados. Quero que
saibam que eles merecem a pena de morte, pela lei”, lamentou o médico.

“O uso de arma de um militar contra os inocentes é crime”, acrescentou o pai do
jovem em áudio.

O DE teve acesso ao material das câmeras corporais dos dois policiais
militares envolvidos na ação.

No primeiro vídeo, é possível ver o soldado da PM Guilherme Augusto desembarcar
do carro após o estudante dar um tapa no retrovisor da viatura. Ele corre atrás
do rapaz, dá ordem para que ele pare. Marco Aurélio entra no hotel e fica
encurralado. As imagens são fortes. O jovem tenta pegar a perna do outro PM e é
alvejado por um disparo. Veja:

No segundo vídeo, vemos a câmera do soldado Prado, que está ao volante. Ele
acompanha ainda dentro da viatura a perseguição do colega ao estudante. Em
seguida, ele para a viatura e entra no hotel. Na sequência, ouve-se o disparo.
Então, o policial sai e pede apoio. Depois, ele solicita uma unidade de resgate. Veja:

Veja imagens:

Estudante é encurralado por PMs
PM tenta conter estudante
Estudante segura perna de policial
Estudante segura perna de policial
Estudante segura perna de policial
Fechar modal.
Estudante é encurralado por PMs
Estudante é encurralado por PMs
PM tenta conter estudante
Estudante segura perna de policial
Estudante segura perna de policial
Estudante segura perna de policial
Estudante empurra policial, que cai no chão

Um relatório de investigação sobre a morte do estudante
mostrou que o jovem, de 22 anos, foi encurralado pelos policiais militares antes
de ser baleado pelo policial militar Guilherme Augusto Macedo. O documento, que mostra as imagens captadas pelas
câmeras corporais acopladas às fardas dos agentes, afirma que as últimas
palavras de Marco Aurélio teriam sido: “Tira a mão de mim”.

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PAIS DO ESTUDANTE CRITICAM TARCÍSIO E DERRITE

Em uma coletiva de imprensa realizada na quarta-feira (8/1), os pais de Marco
Aurélio criticaram a demora no fornecimento das imagens do crime, o que
consideram acobertamento da ação e pediram a condenação de todos os envolvidos,
inclusive superiores como o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite,
e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

O pai de Marco Aurélio, o médico Julio César Acosta Navarro, disse que vai lutar
pela condenação de todos os responsáveis pelo crime, apontando inclusive o
relatório como prova.“A PM fez um B.O. falso. Aqui [no relatório] estão todas as
artimanhas”, disse o pai, entre outras coisas.

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