O agente da Core, João Pedro Marquini, de 38 anos, e a juíza Tula Correa de Mello se depararam com um grupo de bandidos armados enquanto voltavam da casa da mãe dele, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O casal estava em carros separados, um Sandero prata e um Outlander preto blindado, quando foram abordados por três criminosos que anunciaram um assalto. A juíza conseguiu dar ré e escapar ileso, mas o policial foi atingido por cinco tiros, sendo dois no tórax, dois em um dos braços e um em uma das pernas.

Os bandidos fugiram levando o carro da juíza, que foi encontrado mais tarde pela polícia na Favela de Antares. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) está encarregada de investigar a morte do agente. Além da possibilidade de um assalto comum, a polícia levanta a hipótese de que João e Tula tenham cruzado com um grupo de traficantes, visto que a região é conhecida como rota de fuga de criminosos desde a inauguração do túnel Vice-Presidente da República José Alencar.

O casamento de Tula e Pedro foi celebrado em fevereiro de 2024, e a magistrada costumava compartilhar momentos felizes do casal em suas redes sociais. Em uma homenagem no aniversário do marido, ela se declarou, lembrando os momentos vividos juntos e ressaltando o amor que os unia. Em suas palavras, ela expressou o sentimento de companheirismo, cumplicidade e paixão que tinham um pelo outro, além de destacar a importância da família e dos momentos compartilhados.

A comunidade jurídica e policial do Rio de Janeiro ficou consternada com a morte do agente da Core, que era casado com a juíza Tula. O casal era conhecido por sua parceria e amor mútuo, o que foi evidenciado em diversas postagens de viagens e momentos românticos. A violência que vitimou João Pedro Marquini reacende o debate sobre a segurança pública no estado e a necessidade de medidas mais eficazes no combate à criminalidade, especialmente em regiões de risco como a Serra da Grota Funda.