Casal desaparecido em SC pode ter sido vítima de crime premeditado, diz polícia

Inquilinos suspeitos pela morte de casal desaparecido há 1 mês em SC pode ter premeditado crime, diz polícia

Delegado diz que todos os suspeitos tinham algum tipo de relação com os dois. Valter Agostinho e Araceli Zanella foram vistos pela última vez em 11 de novembro em Biguaçu.

A Polícia Civil investiga se o casal desaparecido há um mês na Grande Florianópolis foi vítima de um crime premeditado. Os policiais acreditam que Valter Agostinho de Faria Junior, de 62 anos, e Araceli Cristina Zanella, de 46, foram assassinados por causa de uma discussão sobre aluguel.

Seis pessoas foram presas suspeitas de envolvimento nas mortes e uma está foragida. Os corpos não haviam sido encontrados até a tarde desta terça-feira (10). O casal foi visto pela última vez em 11 de novembro em Biguaçu, na Grande Florianópolis.

De acordo com o delegado Anselmo Cruz, responsável pela investigação, todos os suspeitos têm algum tipo de relação com o casal.

“Alguns com relação familiar, outros de amizade, mas todos têm relação anterior. Não foi uma situação de que foi contratado alguém para fazer uma parte”, revelou.

“Os inquilinos entendiam que estavam sendo prejudicados e aí por conta disso eles (acreditavam que) teriam dinheiro a receber”, completou.

De acordo com a investigação, os assassinatos teriam ocorrido após o casal ir até o imóvel cobrar aluguel dos inquilinos. O delegado acredita que os dois tenham sido mortos ainda em 11 de novembro.

O caso envolve crimes de sequestro, roubo e estelionato. Valter e Araceli teriam sido mantidos presos e mortos logo após uma discussão.

Os nomes dos presos e a relação entre todos eles e o casal não foram detalhadas pela polícia. Cruz acrescentou que não houve nenhuma colaboração por parte dos suspeitos e nem admissão de culpa.

Dos seis presos, somente uma mulher presa em flagrante cumpre medidas cautelares fora da cadeia, como uso de tornozeleira eletrônica. Um sétimo envolvido está foragido e os demais seguem detidos de forma temporária.

As equipes seguem em busca pelos corpos e reforça a procura em áreas de mata em bairros das cidades de Biguaçu e São José, na Grande Florianópolis. A hipótese é que eles tenham sido enterrados.

Também foi descoberto que os suspeitos usaram cartões e fizeram transferências bancárias das contas das vítimas.

O casal estava junto havia cerca de cinco anos. A mulher se mudou para Biguaçu após conhecer Valter. Na cidade, tinham juntos um estabelecimento comercial que foi fechado há cerca de um mês.

Conforme familiares, os dois estavam de mudança para uma propriedade na praia em Governador Celso Ramos, a cerca de 30 quilômetros da cidade onde moram, após Valter decidir se aposentar.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Polícia prende 8 suspeitos do golpe dos nudes que lesou vítimas em R$ 2,4 mi

Golpe dos nudes: polícia prende 8 suspeitos de esquema que lesou pessoas em mais de R$ 2,4 milhões no RS

Investigação indica que criminosos se passavam por policiais para extorquir vítimas.

1 de 2 Golpe dos nudes: suspeitos do esquema se passavam por DEpara
extorquir vítimas — Foto: Divulgação

Golpe dos nudes: suspeitos do esquema se passavam por DEpara extorquir
vítimas — Foto: Divulgação

A Polícia Civil prendeu, durante operação na manhã desta quinta-feira (12), oito pessoas suspeitas de fazer parte de uma organização criminosa que lesou em mais de R$ 2,4 milhões vítimas do golpe dos nudes em cidades da Região Metropolitana de Porto Alegre.

Foram cumpridos 100 medidas judiciais – como mandados de prisão preventiva, busca e apreensão, bem como de constrição patrimonial – em 14 cidades: Gravataí, Cachoeirinha, Campo Bom, Canoas, Capão da Canoa, Estância Velha, Glorinha, Novo Hamburgo, Porto Alegre, Montenegro, São Jerônimo, São Leopoldo, Sapiranga e Sapucaia do Sul.

O delegado Eduardo Amaral, responsável pela investigação, que durou nove meses, conta que 35 pessoas que fazem parte do esquema de extorsão foram identificadas.

“A partir de perfis falsos de adolescentes, o grupo captava vítimas pelas redes sociais e estimulava a troca de conteúdo íntimo. Em seguida, os extorsionários simulavam ser familiares da suposta adolescente e delegados de polícia, passando a exigir dinheiro para que a vítima não fosse presa. Com o intuito de conferir credibilidade ao golpe forjavam, inclusive, uma espécie de acordo judicial, no qual constava que, após o pagamento, não seria representada pela prisão preventiva da vítima”, detalha o delegado Amaral.

Do total de envolvidos no esquema, 12 eram diretamente responsáveis pela captação de vítimas e pelas extorsões. Os demais cediam suas contas bancárias mediante remuneração para o recebimento das transferências das vítimas.

2 de 2 Polícia fez operação contra suspeitos do golpe dos nudes em cidades do RS — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Polícia fez operação contra suspeitos do golpe dos nudes em cidades do RS — Foto: Polícia Civil/Divulgação

VÍDEOS: TUDO SOBRE O RS

50 vídeos

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp