Casal é impedido de vacinar usando camisas contra Bolsonaro, no Rio de Janeiro

Um casal de professores fora impedidos de receberem a segunda dose da vacina contra a Covid-19 em um quartel do Corpo Bombeiros, no Rio de Janeiro, por estarem usando camisetas contra o presidente Jair Bolsonaro.

Luiz Carlos e sua esposa Dierlene Barros de Oliveira apenas receberam a vacina depois de serem obrigados a trocar de roupa. De acordo com Luiz Carlos, eles estavam na fila quando foram abordados por um militar que, por ordem do comando, disse que eles não poderiam ser imunizados usando blusas com manifestações contra o governo.

“O soldado nos abordou com certo constrangimento e disse que o comando não está permitindo vacinar ninguém com camisas e cartazes com mensagens políticas. Ele foi muito educado e ofereceu um banheiro para que fosse feita a troca das camisas”, contou Luiz Carlos

O professor contou que apenas colocou a camisa ao contrário ali mesmo na fila e a sua esposa, que estava usando uma camisa por baixo, apenas retirou a camisa com frases de protesto.

Luiz Carlos ainda teria dito ao soldado que aquela era uma atitude ilegal. O soldado alegou que caso eles decidissem se vacinar com a camisa, o comandante da unidade poderia manter o soldado preso por ate 30 dias.

“É uma decisão autoritária, que não tem sustentação nenhuma. Eles avisaram que se alguém visse algum tipo de manifestação política no momento da vacinação, o soldado que estivesse ali poderia ser preso por até 30 dias. Todos falavam a mesma coisa e aparentavam ter muito medo”, relatou o professor.

Ainda de acordo com o casal, outro militar os orientou que não tirassem fotos na calçada da unidade militar com as camisas de protesto.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro informou que repudia a atitude contra manifestações de qualquer tipo desde que seja feitas de forma pacífica. A corporação disse que será aberto uma sindicância para apurar os fatos.

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Bilhete de ônibus na capital paulista sobe para R$ 5 em janeiro

A prefeitura de São Paulo fechou em R$ 5,00 a tarifa básica dos ônibus da capital. O valor, que teve 13,6% de reajuste, passará a ser cobrado no dia 6 de janeiro.

O preço atualizado do bilhete seguirá para a Câmara Municipal dos Vereadores, conforme estabelece a legislação. Em nota, a prefeitura lembrou que todas as gratuidades existentes continuam mantidas, assim como a integração do passageiro em até quatro ônibus dentro de um período de três horas.

A gestão municipal já havia antecipado nesta quinta-feira, 26, mais cedo, que o preço da passagem deveria ficar entre R$ 5,00 e R$ 5,20. A definição ocorreu após reunião de representantes da prefeitura e da São Paulo Transporte (SPTrans).

Em conferência pública que reuniu membros do Conselho Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT), transmitida pela internet, durante a manhã, a superintendente de Receita e Remuneração da SPTrans, Andréa Compri, afirmou que o aumento se justifica porque os valores praticados atualmente equivalem aos de 2019. Destacou ainda, em sua apresentação, junto a outros registros do sistema de transporte, que o custo para mantê-lo este ano foi de aproximadamente R$ 1 bilhão.

Entre os argumentos usados pela SPTrans para convencer sobre a necessidade do reajuste, está a parcela de usuários beneficiados pela gratuidade. De 2019 a 2024, os pagantes equivalem sempre a, pelo menos, metade dos passageiros. Este ano, foram 50%, enquanto os passageiros que têm gratuidade formavam uma parcela de 28% e os de transferências ônibus-ônibus, sem acréscimo tarifário, respondiam por 22%.

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