Casal gay que foi ameaçado de morte tem loja furtada em Anápolis

O casal Rafael Ferreira Luiz, de 27 anos, e Saulo Rodrigues Lopes, de 37, tiveram sua loja de produtos importados assaltada na madrugada desta quinta-feira (3), em Anápolis. O casal foi o mesmo que recebeu ameaças de morte em meio deste ano, após anunciarem o noivado.

Os ladrões fizeram um buraco na parede lateral da loja e levaram mais de R$ 55 mil em mercadorias da loja. Foram levados: 11 celulares novos, cinco usados, 12 relógios digitais, 14 fones de ouvido, 15 perfumes importados, caixinhas de som e mais de R$ 20 mil em roupas.

“Estamos sem nada. Não sabemos como recomeçar. Levaram tudo”, diz Saulo. De acordo com ele, através das imagens da câmera de segurança é possível ver os ladrões chegarem a loja de carro, por volta das 1h16 e saírem às 3h37, ficando mais de 2h dentro da loja.

A Polícia Civil segue investigando o caso, assim como as ameaças feitas ao casal, desde a primeira ocorrência.

Ameaças ao casal

Saulo e Rafael anunciarem o casamento no final de abril através do Instagram e, desde então, o casal vêm sendo alvo de ações criminosas, além de receberem ameaças. Uma pessoa chegou a ir até a loja deles e intimidá-los. Em outra ocasião, a casa do casal foi arrombada mas o ladrão apenas levou a chave do quarto onde eles dormiam. Todos os casos foram registrado em ocorrência.

“Fora as primeiras ameaças, tiveram outras. Eles arrombaram a nossa casa. Desligaram o relógio, pularam a cerca, entraram na nossa casa e levaram a chave da porta do nosso quarto. Não levaram nada, além disso. Só a chave da porta do quarto e abriram as janelas, e agora aconteceu esse fato de roubo na nossa loja”, conta Saulo.

O casamento está agendado para o dia 18/6, mas com o roubo, o casal não sabe se o evento acontecerá graças ao prejuízo. “Não sabemos se vamos conseguir, porque dependemos da loja para custear algumas despesas. Nossos sonhos estão sendo destruídos”, lamenta o empresário.

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PRF defende câmeras corporais após jovem ser baleada no Rio de Janeiro

PRF Defende Câmeras Corporais Após Jovem Baleada

O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Antônio Fernando Souza Oliveira, reforçou a importância do uso de câmeras corporais após uma jovem ser baleada durante uma ação policial na última terça-feira, 24.

“Sou defensor veemente da utilização de câmaras corporais porque elas defendem a atividade policial. Mas, para que esse fato não ocorra mais, para que a gente não lamente mais vítimas dessa natureza, existem passos além de só um esforço legislativo”, disse o diretor em entrevista à GloboNews.

Durante a entrevista, Antônio afirmou que o decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que restringiu o uso de armas por policiais foi ‘acertado’ e que o ambiente no Rio de Janeiro é diferente, fazendo com que o órgão desenvolva um treinamento específico para atuação na região.

Segundo a PF, um inquérito foi instaurado para apurar o caso e agentes da PRF envolvidos no caso foram afastados preventivamente.

Polêmica

Em recentes eventos, a implementação de câmeras corporais tem sido uma medida crucial para garantir a integridade das ações policiais. No caso específico, a gravação feita pela câmera corporal do policial envolvido pode fornecer evidências valiosas sobre o que realmente ocorreu

A PRF argumenta que as câmeras corporais ajudam a prevenir abusos de poder e a proteger tanto os policiais quanto os cidadãos. “As câmeras corporais são uma ferramenta essencial para a segurança pública, pois permitem que as ações sejam registradas e analisadas, garantindo que todos os envolvidos sejam tratados de forma justa e respeitosa”, afirmou um representante da PRF.

O uso de câmeras corporais já mostrou resultados positivos em outros estados, como no Rio de Janeiro, onde a Polícia Militar é obrigada a gravar todas as suas ações por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) desde maio de 2022. Essas gravações têm ajudado a esclarecer disputas e a identificar desvios de conduta entre os policiais.

No entanto, também há desafios no uso dessas câmeras. Em muitos casos, as imagens não são enviadas à Justiça ou são apagadas por não terem sido salvas corretamente. Entre 2023 e 2024, a Corregedoria da PM do Rio abriu mais de 2,6 mil processos para investigar irregularidades no uso das câmeras corporais, resultando na punição de 170 policiais.

A defensora pública Rafaela Garcez, que analisou vários casos envolvendo câmeras corporais, destacou a importância dessas gravações para a justiça. “As câmeras corporais são fundamentais para garantir que os direitos humanos sejam respeitados e que os policiais sejam responsabilizados por suas ações”, disse.

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