Casal homicida vai a Júri Popular em Goiânia

Denunciados pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), Sebastiana Vilma Franca de Almeida e Tiago Rodrigues da Silva serão julgados nesta quarta-feira (18), pela 3ª vara de Crimes Dolosos conta a Vida e Tribunal do Júri pelo homicídio qualificado de Thiago Pereira Araújo em 2019. O promotor de justiça Cláudio Braga Lima será o representante do MPGO na sessão, que será realizada no Fórum Criminal.

O crime ocorreu em março de 2019, em uma distribuidora de bebidas no Residencial Solar Ville e foi cometido por vingança. Conforme relatado pelo MP, o inquérito policial apontou que o irmão de Sebastiana Franca de Almeida, Itamar Franca de Almeida  , ao chegar do trabalho foi até a distribuidora  de bebidas.

No local houve uma discussão com Thiago Pereira de Araújo que acabou sendo ferido por uma facada nas costas. Uma pessoa ligou para a mãe de Sebastiana e relatou o acontecido. Em seguida, ela avisou para a filha que pegou um revólver calibre 38, e se dirigiu para a distribuidora. Ao chegar no local do ocorrido, Sebastiana questionou se Thiago era o homem que teria ferido o irmão, a vitima confirmou que foi ele e Sebastiana disparou duas vezes contra o Tórax da vítima.

A denuncia destaca que Sebastiana e Tiago agiram motivados pelo sentimento de vingança, em virtude da agressão, por isso o motivo torpe. Além disso a vítima foi surpreendida pelos disparos, não podendo esboçar reação, nem fugir. Os dois foram denunciados por posse de arma de fogo com numeração raspada.

 

Fonte: Assessoria de Comunicação Social do MPGO

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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