Casal preso suspeito de desviar mais de R$ 500 mil de empresas em MG teria usado
dinheiro para viagens internacionais
Segundo a Polícia Civil, os dois usaram parte do dinheiro para bancar viagens internacionais e planejavam deixar o país para escapar da prisão.
Um casal foi preso por suspeita de desviar R$ 595 mil de três empresas do ramo alimentício em Pouso Alegre (MG)
[https://g1.globo.com/mg/sul-de-minas/cidade/pouso-alegre/]. Segundo a Polícia Civil, os dois usaram parte do dinheiro para bancar viagens internacionais e planejavam deixar o país para escapar da prisão.
De acordo com as investigações, Wellita Maria Rodrigues Fortes Carvalho, de 37 anos, e o marido, Tulio Ness dos Santos Carvalho, de 36, foram presos na semana passada. Ela foi detida em Itajubá e ele, em Pouso Alegre.
As apurações revelaram que o esquema teria ocorrido entre fevereiro e dezembro do ano passado, período em que foram identificadas 695 movimentações bancárias suspeitas. Segundo a polícia, o plano foi articulado por alguém que conhecia bem a rotina financeira das empresas. Wellita trabalhou no grupo empresarial por mais de cinco anos.
De acordo com a delegada responsável pelo caso, Laís Veiga Caetano Pires, a suspeita usava dados das empresas para gerar boletos bancários falsos. Esses boletos eram pagos com recursos das próprias empresas e tinham como destinatários o marido dela e outros familiares.
A descoberta do esquema ocorreu após os patrões desconfiarem do padrão de vida do casal, que fazia viagens frequentes ao exterior. Ao analisarem as contas, perceberam irregularidades. Em fevereiro deste ano, ao ser confrontada, Wellita teria admitido os desvios.
A Justiça determinou o bloqueio dos bens do casal. A delegada também revelou que Wellita já tem passagem pela polícia por suspeita de desviar dinheiro de uma empresa fabricante de helicópteros em Itajubá, onde trabalhou anteriormente.
Durante o cumprimento dos mandados de busca, a polícia solicitou os passaportes do casal. Segundo a delegada, os dois informaram que os documentos estavam no consulado português, pois estavam solicitando visto de residência no país.
A defesa do casal informou que ambos irão colaborar com as investigações, negam qualquer envolvimento de parentes nos crimes e afirmam que ainda é cedo para qualquer julgamento, pois o caso está em fase inicial de apuração.