Casal teve placa de carro furtada e criminoso cobra para devolver

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Um casal teve a placa do carro furtada e o criminoso deixou um bilhete exigindo dinheiro para devolver o item. O caso ocorreu em Fortaleza, no Ceará, e está sendo investigado pela Polícia Civil do Estado (PC-CE).

A cirurgiã dentista proprietária do automóvel informou que estava junto ao marido em um aniversário, quando um amigo do casal pediu emprestado um macaco, pois um pneu do carro dele estava furado. O marido foi ao veículo buscar a ferramenta e se deparou com o bilhete. Ele percebeu que a placa havia sido roubada.

“Sua placa de volta. Evite problemas e gasto absurdo para fazer outra. Devolução imediata”, dizia o bilhete, que tinha um número para contato e a informação que o pagamento deveria ser feito via Pix.

A vítima explicou que o carro estava estacionado ao lado do restaurante onde estava acontecendo aniversário. Ela ainda alegou que em nenhum momento pensou em fazer a transferência, pois sabia que seria um novo golpe. “Antes de entrar em contato com a pessoa, a gente verificou se o telefone era [uma chave] Pix, mas não era”, comentou a cirurgiã, que mantém a identidade preservada.

Ela disse que o marido entrou em contato com o número informado e tentou conseguir uma chave Pix, alegando que faria a transferência. O criminoso, no entanto, seguiu exigindo que o dinheiro fosse repassado antes da devolução.

Todo o caso foi publicado nas redes sociais. A mulher alegou que o criminoso ficou sabendo da postagem e comentou com o marido dela a respeito. O infrator afirmou que não iria enviar a chave Pix, pois não queria ser rastreado.

O casal informou que, após toda repercussão, o contato com o criminoso diminuiu. Eles acreditam que o motivo foi pela repercussão midiática do caso. Por meio de uma nota, a PC informou que está apurando as circunstâncias de um furto registrado no bairro e que o caso foi transferido para outra unidade policial após o registro do Boletim Eletrônico de Ocorrência (BO) .

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Desabamento de ponte TO-MA deixa 16 pessoas desaparecidas

Dois dias após o desabamento da ponte que liga os municípios de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO) sobre o Rio Tocantins, uma força-tarefa composta por agentes dos dois estados e do governo federal continua as buscas por desaparecidos. O incidente ocorreu no domingo, 22. A Polícia Militar do Tocantins confirmou, até a manhã de terça-feira, 24, a morte de duas mulheres.

Uma das vítimas era uma residente de 25 anos de Aguiarnópolis, enquanto os dados da outra vítima ainda não foram divulgados. Além disso, um homem de 36 anos foi encontrado vivo e levado ao hospital de Estreito com uma fratura na perna. Atualmente, 12 adultos e três crianças permanecem desaparecidos.

Veículos envolvidos no acidente

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, ao menos oito veículos caíram no rio: quatro caminhões, dois automóveis e duas motocicletas. A presença de veículos carregados com ácido sulfúrico e herbicidas complica as buscas, pois as autoridades aguardam os resultados de exames da água para determinar se é seguro iniciar os trabalhos de busca com mergulhadores.

A Agência Nacional de Águas (ANA) informou que os caminhões transportavam 22 mil litros de defensivos agrícolas e 76 toneladas de ácido sulfúrico. Como precaução, o governo do Maranhão orientou a suspensão da captação de água para abastecimento público nas cidades banhadas pelo rio Tocantins até que se confirme se esses produtos se diluíram e não oferecem risco.

Condições da Ponte Juscelino Kubitschek

A Ponte Juscelino Kubitschek, inaugurada nos anos 1960, tinha 533 metros e já apresentava problemas conhecidos. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) realizou obras de reparos entre 2021 e 2023, mas a ponte necessitava de ‘obras de reabilitação’.

Em maio de 2024, um edital no valor de aproximadamente R$ 13 milhões foi lançado para a contratação de uma empresa especializada, mas a licitação fracassou. Um relatório obtido pelo jornal Folha de S.Paulo revelou que o Dnit sabia da situação precária da ponte desde 2019.

O professor de engenharia civil da Universidade Federal do Tocantins, Fabio Ribeiro, atribuiu o acidente a uma série de falhas. O Ministério Público do Tocantins aguarda a conclusão dos laudos técnicos para analisar possíveis providências.

O Dnit interditou o local e decretou situação de emergência para facilitar os trâmites burocráticos para a reconstrução da ponte, com um prazo estimado de 12 meses e um custo entre R$ 100 a R$ 150 milhões. Durante uma coletiva de imprensa, o ministro dos Transportes, Renan Filho, anunciou que mais de R$ 100 milhões serão destinados para a reconstrução imediata da ponte e que uma sindicância será instaurada para apurar responsabilidades.

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