18 funcionários da rede de lojas de eletrodomésticos são suspeitos de criar esquema para fraudar uma campanha de vendas no Paraná. Gerente e vendedores duplicavam vendas no sistema para receber bonificações indevidas. Todos os envolvidos foram demitidos e estão sob investigação pela Polícia Civil, após denúncia da própria Casas Bahia. A empresa afirmou que não irá comentar o caso com a imprensa.
Os funcionários da rede de lojas de eletrodomésticos desenvolveram um esquema fraudulento para bônus. 18 funcionários da Casas Bahia estão sob suspeita de criar um esquema para burlar a campanha interna de vendas e foram demitidos, além de serem investigados pela Polícia Civil, que os indiciou pelos crimes de estelionato e associação criminosa.
De acordo com o delegado Gabriel Munhoz, 17 dos suspeitos trabalhavam em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, enquanto um deles atuava em Curitiba. O esquema consistia em um gerente e 17 vendedores duplicando vendas no sistema para receber bonificações indevidas. A empresa registrou um prejuízo de R$ 205.343,97 com comissões de vendas não realizadas pagas aos funcionários.
Os responsáveis pelas investigações solicitaram que os suspeitos reembolsem os valores à empresa, com os bens desses indivíduos bloqueados na Justiça para garantir o pagamento em caso de condenação. A Polícia Civil não divulgou os nomes dos envolvidos por conta da lei de abuso de autoridade.
Os ex-funcionários manipularam o sistema interno da empresa durante a campanha “Super Feras em Vendas”, oferecendo como prêmio uma viagem à Disney com acompanhante e bonificação financeira. Após identificar a fraude, a Casas Bahia demitiu os colaboradores, iniciou um procedimento interno e comunicou o caso à Polícia Civil.
Os 18 suspeitos foram indiciados por estelionato e associação criminosa. Os crimes podem render uma pena de dois a oito anos de prisão, além de multa. O Ministério Público do Paraná avaliará a oficialização da denúncia criminal à Justiça. Todo o esquema foi descoberto pelos próprios colaboradores da empresa, que colaboraram com as autoridades ao apresentar um relatório interno detalhado com informações essenciais para a investigação policial.