Caso Aline: falsa biomédica cumprirá pena em prisão domiciliar

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a prisão domiciliar da falsa biomédica Grazielly da Silva Barbosa. A goiana foi presa em 3 de julho, após aplicar polimetilmetacrilato (PMMA) nos glúteos da influenciadora digital Aline Maria Ferreira, de 33 anos, que morreu em decorrência a complicações do procedimento.

A prisão foi autorizada após a defesa de Grazielly entrar com pedido de habeas corpus no STF alegando que a acusada tem filho menor de 12 anos e é a única responsável pela criança. Além disso, os advogados informaram que a mulher também é encarregada de cuidar do pai e da mãe, que possuem câncer maligno.

“Não têm sequer condição para cuidarem de si, ir ao tratamento e fazerem atividades laborais normais, muito menos cuidar de uma criança menor”, informou os advogados no pedido.

Na decisão, o STF especificou que Grazielly só pode se ausentar da residência onde mora com autorização judicial e que “o descumprimento da prisão domiciliar implicará o restabelecimento da custódia preventiva, que poderá ser novamente decretada, a qualquer tempo, caso sobrevenha excepcional situação que exija a adoção de medida mais gravosa”, diz trecho da decisão.

Entenda o crime

Aline Maria Ferreira morreu em 2 de julho, após ficar internada por dias em hospitais de Brasília. Segundo parentes, a influencer teve uma infecção generalizada após aplicação de PMMA nos glúteos e precisou ser internada às pressas após sintomas, como febre e dor na barriga.

Na ocasião, a influencer entrou em contato com Grazielly, responsável pelo procedimento, que recomendou que a paciente tomasse um analgésico.

No entanto, Aline continuou a passar mal e foi levada para um hospital particular e, posteriormente, transferida para uma unidade regional pública da área (Hran), onde ficou por um dia. Ela foi transferida novamente para um hospital particular no dia seguinte e, três dias depois, veio à óbito.

Grazielly é apontada como responsável pelo procedimento, dona da clínica Ame-se, em Goiânia. Ela se apresentava como biomédica, mas foi desmentida pelo Conselho Regional de Biomedicina da 3ª Região (CRBM-3), que informou não ter registro profissional da mulher.

A suspeita chegou a visitar Aline no hospital e, na ocasião, informou não ter aplicado o produto, mas um bioestimulador. Além disso, Grazielly disse que Aline poderia ter pegado uma infecção no lençol de casa, versão desmentida pela família da vítima.

 

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Estudantes do Cepi de Goiânia brilham na Olimpíada de Inteligência Artificial

Os alunos do Centro de Ensino em Período Integral (Cepi) Professor Joaquim Carvalho Ferreira, de Goiânia, alcançaram um feito notável ao conquistar o 1º e 3º lugares na Olimpíada de Inteligência Artificial Aplicada, realizada durante a Campus Party 2024, entre os dias 28 e 30 de novembro. A competição foi promovida pelo Governo de Goiás, em parceria com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), o Centro de Competências Embrapii em Tecnologias Imersivas (AKcIT) e o Centro de Excelência em Inteligência Artificial (CEIA).

Voltada para alunos do Ensino Médio, a iniciativa capacitou os jovens em Inteligência Artificial, desenvolvendo soluções alinhadas aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). Os participantes abordaram temas essenciais, como erradicação da pobreza, fome zero e saúde e bem-estar.

Ganhadores do Prêmio

A competição, com duração de três dias, contou com diferentes desafios a cada dia. A equipe campeã do segundo dia, denominada Ravens e liderada pela aluna Eloise Carvalho, apresentou um projeto que utilizou inteligência artificial para otimizar a gestão de pequenas empresas, focando em padarias. A solução proposta prevê a necessidade de insumos, identifica os produtos mais consumidos e otimiza o gerenciamento dos estoques, resultando em maior eficiência e lucro. Essa proposta foi destacada pela sua aplicabilidade prática e impacto positivo no setor.

O 3º lugar foi conquistado pela equipe Oito Bits, representada por Allan Jorge Kury de Andrade. O grupo desenvolveu um sistema baseado em inteligência artificial para fortalecer o relacionamento entre clientes e empresas, oferecendo ferramentas acessíveis que personalizam a experiência do cliente e ampliam a competitividade de pequenas empresas no mercado.

Essa competição reflete o compromisso do Governo de Goiás em promover a inovação tecnológica e a formação de novos talentos. Iniciativas como a Olimpíada de Inteligência Artificial Aplicada, realizada pela primeira vez no estado, contribuem para preparar os jovens goianos para os desafios do futuro. A Campus Party, um evento consolidado no calendário de inovação do estado, mais uma vez destacou o potencial dos estudantes e sua capacidade de criar soluções criativas e impactantes.

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