Caso Ariane Barbara: veja como foram as primeiras horas do julgamento

Caso Ariane Barbara: veja como foram as primeiras horas do julgamento

O julgamento de um dos dois réus do caso Ariane foi adiado nesta segunda-feira, 13. A análise do caso no Tribunal do Júri se limitou à participação de Enzo Jacomini Carneiro Matos, suspeito de ter enforcado a jovem de 18 anos, além de ter indicado o local e ajudado a ocultar o corpo. Ele se manteve em silêncio. Ao todo, quatro pessoas teriam se envolvido no assassinato na moça. Um dos acusados teria sugerido o homicídio como um “teste de psicopatia”.

 

Jeferson Cavalcante Rodrigues, de 23 anos, também seria julgado nesta manhã, porém a defesa teve acatado um pedido de adiamento. A solicitação no sistema  Projudi foi realizada no último sábado, 11. Além de Enzo, foram ouvidos o policial que coordenou buscas pelo corpo de Ariane e a mãe da vítima. A expectativa é que o júri seja encerrado por volta das 17 horas de hoje, caso haja tréplica. A sessão teve início às 8h30.

 

De acordo com o Ministério Público de Goiás, Raíssa Nunes Borges (19) decidiu matar uma pessoa para avaliar se tinha coragem de cometer o crime e se sentiria remorso. Ela, que não será julgada desta vez por ter tido um pedido da defesa acolhido, considerou que a amiga Ariane seria a vítima devido ao porte físico. Por ser franzina, não teria forças para resistir à tentativa de assassinato.

 

Jeferson, Enzo e uma menor de 16 anos denunciada (o caso está em tramitação sob segredo de justiça no Juizado da Infância e Juventude) teriam ajudado Raíssa a executar o plano. A mentora da ideia marcou um encontro com Ariane  e os demais integrantes do grupo em agosto de 2021 no Lago das Rosas, no setor Oeste. 

 

Eles partiram de carro para lancharem e passearem em um carro dirigido por Jeferson. Dentro do veículo, Raíssa tentou estrangular Ariane, mas não conseguiu. Enzo trocou de banco e enforcou a vítima pelas costas até que desmaiasse. Desfalecida, a jovem foi esfaqueada pela adolescente e por Raíssa. O grupo parou o carro na rua para que o corpo fosse colocado no porta-malas do veículo, que já havia sido preparado com um saco plástico. 

 

Enzo indicou uma região de matagal no setor Jaó, onde eles esconderam a vítima sob terra e pedras. Para se limparem do sangue, o quarteto foi até um banheiro público. Ariane ficou desaparecida por uma semana. Para o juiz responsável pelo processo, Jesseir Coelho, a morte foi causada por Enzo, Raíssa e a adolescente, enquanto Jeferson teria prestado auxílio material e moral. Eles respondem por homicídio por motivo fútil com recurso que dificultou a defesa da vítima, ocultação de cadáver e corrupção de menor. Exames psicológicos não identificaram problemas desse gênero no quarteto.

 

 

 

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos