Os jovens Jeferson Cavalcante Rodrigues e Enzo Jacomini Carneiro Matos, responsáveis pela morte de Ariane Bárbara Laureano de Oliveira, serão levados a julgamento pelo 3º Tribunal do Júri de Goiânia, no plenário do Fórum Cível, na próxima segunda-feira, 13, a partir das 8h30. O assassinato teria sido cometido para testar a psicopatia de outra envolvida no caso, Raíssa Nunes Borges. O crime ocorreu em agosto de 2021, em Goiânia.
Segundo o Ministério Público de Goiás (MPGO), a acusação dos envolvidos no crime será feita pelo promotor de Justiça Maurício Gonçalves de Camargo. Raíssa deverá ser julgada em outra ocasião, em razão de recurso interposto pela defesa.
Premeditação do crime
Os jovens envolvidos no caso conheciam Ariane de uma pista pública de Skate. O crime começou a ser premeditado quando Raíssa decidiu realizar um teste prático a fim de saber se tinha transtorno de personalidade comportamental e antissocial (psicopatia), matando uma pessoa friamente e sem sentir remorsos.
Jeferson, Enzo e a adolescente decidiram ajudar Raíssa e escolheram Ariane por ela ter um porte físico franzino e ser incapaz de oferecer resistência. O grupo, então, organizou uma emboscada para a vítima, convidando-a para saírem juntos e tomarem um lanche.
O grupo marcou um encontro com a vítima no Parque Lago das Rosas, no Setor Oeste. Ao chegarem ao local, Ariane foi colocada no banco de trás do veículo, entre Raíssa e a adoslecente. Jefferson passou a dirigir pela cidade e, em seguida, colocou uma música e estalou os dedos, sinais combinados previamente pelo quarteto como indicativos para início da execução.
Ariana foi estrangulada por Enzo, em seguida, foi esfaqueada pelo o quarteto. Os jovens a colocaram no porta-malas do carro, que estava forrado com plástico, e levou o corpo para área de mata no Setor Jaó, onde foi coberto com terra e pedras.
Relembre o caso
O crime ocorreu no dia 24 de agosto de 2021, por volta das 21h. Segundo a denúncia do MPGO, Ariane Bárbara, que tinha 18 anos, foi assassinada mediante violência física e golpes de faca.
Conforme destacado pelo MP, os jovens denunciados agiram de maneira livre e consciente, em comunhão de vontades, unidade de desígnios e por intermédio de repartição de tarefas, por motivo fútil, mediante dissimulação e recurso que dificultou a defesa da vítima. Os três também foram denunciados por corrupção de menor, por terem envolvido uma adolescente na prática do crime.
A jovem foi encontrada sete dias depois do crime, após mobilização da família da vítima, que registrou o desaparecimento. O forte odor sentido por moradores próximos ao local da mata foi um dos principais pontos para encontrá-lo. Além de que o corpo já se encontrava em avançado estágio de decomposição, e a identificação se deu pelas digitais da garota.