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Caso Danilo: acusado do crime é absolvido pelo Tribunal do Júri

Última atualização 25/06/2024 | 12:19

O servente de pedreiro, Hian Alves, acusado de matar o menino Danilo, foi absolvido pelo Tribunal do Júri. A audiência ocorreu nesta segunda-feira, 24, e a informação foi confirmada pelo advogado de defesa, Gilles Gomes. O crime aconteceu em Rio Verde, em 2020.

Segundo o advogado, o réu foi denunciado por homicídio triplamente qualificado e denunciação caluniosa. Ele foi absolvido do crime de assassinato, mas foi condenado a 2 anos de prisão por denunciação caluniosa.

Como Hian estava preso há 3 anos e 9 meses, o juiz declarou que a pena já havia sido cumprida e revogou a prisão do réu. “O Tribunal do Júri reconheceu inúmeras falhas na investigação e reconheceu que Hian foi submetido a pressão, violência e tortura quando estava preso na delegacia e concluiu pela absolvição quanto ao homicídio”, afirmou Gilles ao Mais Goiás.

Relembre o crime

Danilo de Sousa Silva, de 7 anos, desapareceu no dia 21 de julho, em Rio Verde. Na época, a mãe relatou que ele estava brincando com crianças na rua, entrou em casa e disse que iria até a casa da avó, que mora próximo.

O crime foi denunciado pela família e o Corpo de Bombeiros foi acionado no dia seguinte, iniciando as buscas em uma região de mata e em um córrego que fica 10 metros da casa do garoto. Já no dia 23 de julho, as buscas ganharam auxílio de cães farejadores e drones.

No terceiro dia de procura, o trabalho ficou concentrado em pontos diferentes. As buscas foram suspensas nos dias 25 e 26 de julho, depois que a Polícia recebeu um vídeo onde uma criança parecida com Danilo aparece pedindo comida em um restaurante perto do Terminal do Dergo, em Goiânia. Após investigações, a polícia constatou que a criança do vídeo não era Danilo.

As buscas retornaram no dia 27 de julho, no mesmo local. O corpo de Danilo foi encontrado a 10 metros de distância do córrego, em estado avançado de decomposição, de bruços, em cima de um lamaçal, em uma área de difícil acesso.

No dia 31 de julho, a polícia prendeu o padrasto de Danilo e o colega dele, Hian Alves. Na época, Hian contou que ajudou o padrasto a matar a criança em troca de uma moto. Já o padrasto negou ter cometido o crime e disse que tudo se tratava de uma armação.

Durante a investigação, a polícia concluiu que o padrasto de Danilo não havia participado do crime e apontou que Hian Alves cometeu o assassinato devido aos ciúmes do padrasto do menino. O autor teria ciúmes da relação entre o padrasto e um pastor da região.

A corporação apontou que Hian abordou Danilo o oferecendo uma pipa e o levou até a região de mata, onde o matou.