Caso de Polícia

Em Goiânia, etanol fica R$ 0,60 mais barato; gasolina também sofre queda

Suspeita de formação de cartel em Goiânia alertou órgão

O Procon Goiás instaurou processo administrativo de investigação preliminar para apurar indícios de prática abusiva de elevação de preços de combustíveis em Goiânia. Na semana passada, o órgão coletou o preço nas bombas de mais de 200 postos.

Apesar do resultado final da pesquisa só ser emitido na próxima semana, o Procon Goiás informou que as equipes da Gerência de Pesquisa e Cálculo perceberam que já há uma dificuldade do consumidor  em encontrar preços diferentes na hora de abastecer o veículo. Dessa forma, as opções de economia ficaram escassas. Vale ressaltar que nos últimos meses três reajustes de preço foram feitos.

De acordo com gerente de Fiscalização do Procon Goiás, Marcos Rosa, uma análise que envolve vários meses será feita. “No primeiro momento nós estamos coletando os preços para que posteriormente possamos analisá-los. Nós estamos querendo entender a maneira que a cadeia produtiva está gerenciando esses preços. As informações coletadas são desde a primeira quinzena de julho  para verificar os aumentos autorizados da Petrobras e comparar com os aumentos praticados pelos postos

Em vista disso, todos os postos que serão visitados, além das distribuidoras e refinarias, serão notificados a apresentarem: as documentações de compra e venda do combustível;  as planilhas de custos para análise de cada  empresa, individualmente, e a participação de cada agente econômico integrante da cadeia produtiva, a fim de apurar se houve prática abusiva no último reajuste nos preços do etanol e da gasolina.

Depois de notificadas, as empresas terão o prazo de dez dias para apresentarem toda a documentação exigida, sendo a análise feita individualmente. Caso seja constatado aumento de preços sem justificativa, serão aplicadas as sanções administrativas previstas no Código de Defesa do Consumidor.

Foto: Walter Peixoto

Decon e PGE

Uma reunião entre o Procon Goiás, Procuradoria Geral do Estado e a Delegacia do Consumidor (Decon) foi realizada nesta terça-feira (07). O delegado titular Webert Leonardo dos Santos, o delegado adjunto Rodrigo Do Carmo Godinho, ambos da Decon, estavam presentes. No encontro foi solicitado que a polícia abra um inquérito para investigar a possível formação de um cartel. Cópias dos processos administrativos serão enviadas Decon e demais órgãos competentes da investigação de  crimes

Segundo Marcos, os postos podem sofrer multas se irregularidades forem comprovadas. “Na esfera administrativa aplicação de multa pode variar entre R$596,00 a mais de R$ 8 milhões. A multa é proporcional ao porte financeiro da empresa, a gravidade do crime e a reincidência da mesma”.

O gerente de fiscalização ainda completou afirmando que o Procon busca parcerias para ampliar a fiscalização. “O Procon Goiás está tomando todas as medidas administrativas dentro da nossa área de administração. Nós estamos querendo colocar todos os órgãos para fechar o cerco contra empresas que possam estar envolvidas na prática de cartel”.

Preço em Goiás

Destaca-se, que a pesquisa realizada pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), nos dia 27 e 28 de outubro que apontou que Goiás tem a segunda gasolina mais cara do país, com preço médio do litro vendido a R$4,31.  Também, pelo próprio documento da ANP citado acima, já se constata outras situações que devem ser apuradas pelo Procon-Goiás.

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Goiás tem menor taxa de desemprego em 11 anos

No terceiro trimestre de 2024, o desemprego em Goiás atingiu a menor taxa (5,1%) dos últimos 11 anos, ficando abaixo da média nacional (6,4%) e se aproximando dos índices observados em economias avançadas da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômica (OCDE), cuja taxa média foi de 5%.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), nesta sexta-feira, 22.

Desemprego

Conforme validado pelo Instituto Mauro Borges (IMB), na comparação entre o terceiro e o segundo trimestre de 2024, o número de desempregados diminuiu 0,47%, consolidando Goiás como estado referência na recuperação econômica.

Quando comparado o terceiro trimestre de 2024, com o mesmo período do ano anterior, o estado apresentou ainda um crescimento de 2,1% no total de trabalhadores empregados, chegando a 3,8 milhões de goianos ocupados.

A taxa de informalidade também registrou queda no período, com uma redução de 1,1% no número de trabalhadores informais, totalizando 1,4 milhão de pessoas.

“Equilíbrio das contas públicas e custo mais baixo de investimento são os diferenciais de Goiás. Nossa fórmula para o sucesso também se ancora na infraestrutura moderna e no pilar segurança pública, que reduz os custos das empresas com seguros, segurança privada e perdas financeiras”, afirma o governador Ronaldo Caiado

“O cenário positivo no mercado de trabalho goiano é muito importante para a nossa economia. Hoje, além de oferecer segurança e liberdade para o empresário investir, contratar e gerar renda, Goiás estimula o cidadão a se capacitar e buscar as melhores oportunidades”, destaca o secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima.

A indústria geral goiana também registrou variação positiva de 17,4%, com 483 mil pessoas ocupadas no terceiro trimestre de 2024, um aumento de 72 mil em relação ao segundo trimestre do ano.

“O resultado reafirma o compromisso de Goiás em criar um ambiente favorável para investimentos, impulsionar a geração de empregos e consolidar nossa posição como um dos principais polos industriais do país”, reitera o titular da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviços (SIC), Joel de Sant’Anna Braga Filho.

Sobre a PNAD Contínua

A pesquisa visa acompanhar as flutuações trimestrais e a evolução, no curto, médio e longo prazos, da força de trabalho, e outras informações necessárias para o estudo do desenvolvimento socioeconômico do país.

Tem como unidade de investigação o domicílio e foi implantada, experimentalmente, em outubro de 2011 e, a partir de janeiro de 2012, em caráter definitivo, em todo o território nacional.

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