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Caso de professora que teve duas filhas com aluno vira filme na Netflix

Última atualização 15/12/2023 | 09:37

Uma professora americana inicia um relacionamento secreto com um aluno de 12 anos chamado Vili Fualaau, nos  Estados Unidos.  Mary Kay Letourneau, 34 anos, era professora Shorewood Elementary School, no município de Burien, sul de Seattle. O escândalo aconteceu na década de 1990, a história de Mary inspirou o novo filme da Netflix, “May December”.

 Letourneau sempre afirmou não haver algo de ilegal em relacionar-se com Fualaau. Contou que ele é quem foi atrás dela e que ela simplesmente concordou com o relacionamento. As autoridades não acreditaram, e ela acabou condenada à prisão por estupro. Mais tarde ela acabaria tendo uma segunda filha com o jovem.

A história do casal inspirou o novo filme da Netflix Segredos de um Escândalo (May December), estrelado por Julianne Moore e Natalie Portman. O filme deve chegar ao Brasil em janeiro de 2024.

 O começo

Letourneau e Fualaau se conheceram em 1991, quando ele era aluno do ensino fundamental e tinha 8 anos. O ex-aluno contou em entrevista que tudo começou em 1996, quando ele tinha 12 anos e ela 34, após ele apostar com a prima que seria capaz de conquistar a professora. Num acampamento de verão, ele começou a cortejá-la e a chamá-la de “minha namorada”.

Nas semanas e meses que se seguiram, eles começaram a trocar bilhetes e cartas românticas, e as coisas evoluíram rapidamente, até se converter em um relacionamento sexual. Durante um dos seus ‘‘ encontros ’’ as coisas complicaram, em junho de 1996, um policial que patrulhava na cidade de Des Moines foi verificar um carro suspeito estacionado e encontrou a professora e o adolescente dentro.

Letourneau disse ao policial que ela era a professora do jovem e que nada de impróprio se passava. Eles foram levados à delegacia, para onde a mãe dele também foi chamada. Por um tempo o relacionamento deles permaneceu em segredo, Fualaau chegou a visitar diversas vezes a casa onde a professora  morava com o marido e os 4 filhos.

Boatos de que uma professora estava tendo relações sexuais com um aluno, e que tinha engravidado, começou a se espalhar. No início de 1997, o marido de Mary, Steve, encontrou bilhetes românticos com conotações sexuais que confirmavam o relacionamento entre a esposa e o estudante.

 Julgamento

 O casal teve duas filhas, uma delas nascida durante o julgamento e a outra enquanto ela estava na prisão. Em março de 1997, Letourneau foi presa e acusada por crime de violação em segundo grau de menor. Logo descobriu-se que ela estava grávida. Segundo seu advogado, ela parecia não entender que o relacionamento que mantinha com seu aluno era ilegal.

 A professora chegou a um acordo com a promotoria para se declarar culpada e receber uma pena reduzida, apesar da gravidade do crime, ela foi condenada a seis meses de prisão.

Quando foi condenada, a filha Audrey já havia nascido e Letourneau conseguiu ser libertada depois três meses sob a estrita condição de não se aproximar de Fualaau. Dias depois de ela deixar a prisão, um policial viu um carro com os vidros embaçados e ao inspecionar, encontrou o casal dentro. 

“Poucas semanas depois de deixar a prisão, ela violou deliberadamente os termos da sua sentença”, disse o juiz, condenando-a a 7 anos e meio de prisão.

Letourneau estava grávida novamente de sua segunda filha com Fualaau, Georgia, que  nasceu na prisão.

Fim do relacionamento

 Durante os 7 anos em que Letourneau ficou presa, Fualaau criou as duas filhas com a ajuda da mãe e chegou a namorar outras mulheres. Em 2005 quando a ex-professora deixou a prisão eles reataram o relacionamento, quando ele já era maior de idade.

 Após 12 anos de casamento, Fualaau deu início a um processo de separação, em 2017, embora tenham seguido vivendo juntos por um tempo.

 No ano seguinte, Mary Kay Letourneau recebeu a notícia de que estava com câncer de cólon. A doença espalhou-se rapidamente e em 2020 ela morreu, aos 58 anos, com Fualaau e vários dos seus filhos ao seu lado.