Caso Edéia: Mãe que confessou ter matado as filhas é internada em hospital psiquiátrico

Caso Edéia: internada em hospital psiquiatricoo

A mãe que confessou ter matado as duas filhas de sete e dez anos em Edéia, no sul de Goiás, foi internada provisoriamente no hospital psiquiátrico Wassily Chuc, em Goiânia. A decisão foi deliberada pelo juiz Hermes Pereira Vidigal, nesta sexta-feira,30 , após a mulher tentar se matar dentro do presídio onde foi levada após a prisão. Laudos médicos apontam doença mental grave. 

Apesar da mulher estar internada no Wassily Chuc, o magistrado deu 72 horas para a Secretaria Estadual de Saúde disponibilizar vaga em alguma unidade psiquiátrica compatível com as necessidades dela, podendo ser em outro hospital ou na mesma unidade. 

A diretoria do presídio de Israelândia, onde a mulher estava presa, alegou no processo que o presídio não possui ‘’estrutura física e humana para custodiar pessoas presas com o quadro de saúde/transtornos mentais’’, como o de Izadora Alves, de 30 anos.

Conforme relatório enviado ao juiz, ao chegar na cadeia, a mulher apresentou confusão mental, comportamento inadequado e alterado, e tentou tirar a própria vida dentro da cela. 

Intenção antiga

Izadora Alves foi presa na última terça-feira, 27, após matar as filhas Maria Alice Alves de Souza Barbosa, de 6 anos, e Lavínia Souza Barbosa, de 10. As meninas foram encontradas mortas pelo pai, na casa onde a família vivia. 

“O pai estranhou, porque ele sempre deixa o portão aberto. Ele chamou pela esposa, ninguém respondeu. Quando ele abriu, ele viu que tinha um colchão com cobertor na área da frente. Quando ele tirou o cobertor, ele viu que as duas filhas estavam mortas”, disse o delegado.

Ao ser presa poucas horas depois do crime, a mulher confessou à Polícia Civil que envenenou, afogou e depois deu facadas nas filhas. Em seguida, ela fugiu de casa e foi encontrada em uma mata nas proximidades da residência, com marcas de corte no pulso. 

Para a polícia, Izadora contou que já planejava o crime há algum tempo. De acordo com o delegado Daniel Moura, a mulher chegou a tentar comprar uma arma de fogo para matar as meninas e tirar sua própria vida, mas não conseguiu.

Questionada, a mulher contou que tinha a intenção de matar, mas não disse quando e como surgiu esse pensamento.

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PF indiciou Bolsonaro e militares por plano de golpe e assassinato de autoridades

A Polícia Federal (PF) indiciou, nesta quinta-feira, 21, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em um inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado no Brasil, após as eleições presidenciais de 2022, nas quais Bolsonaro foi derrotado. Além do ex-presidente, a PF concluiu que mais 36 pessoas estão envolvidas, entre elas ex-ministros do governo, como Anderson Torres (Justiça), Augusto Heleno (GSI), e Braga Netto (Defesa), além de outros militares e aliados do ex-presidente.

O relatório final foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e aponta que os indiciados foram responsáveis por tramas golpistas, ações relacionadas aos atos de 8 de janeiro, e até um plano para assassinar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSD), e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, também foi indiciado e prestou depoimento ao STF nesta quinta-feira, 21, sendo considerado um dos últimos testemunhos a serem ouvidos no caso.

Entre os crimes atribuídos aos indiciados estão: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

Plano de assassinato

Além das investigações sobre os atos golpistas, a PF realizou uma operação, na terça-feira (19), contra uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos de Lula, Alckmin e Moraes. A organização, composta principalmente por militares das Forças Especiais, visava a realização de um golpe para impedir a posse do governo eleito em 2022.

A investigação revelou que o plano de assassinato foi preparado para o dia 15 de dezembro de 2022, e que Moraes estava sendo monitorado de forma contínua. A organização também tinha a intenção de criar um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise” para gerenciar as consequências de suas ações.

A PF concluiu que Bolsonaro tinha pleno conhecimento do plano, o que agrava ainda mais a situação do ex-presidente.

O 8 de Janeiro e as consequências

Em 8 de janeiro de 2023, seguidores de Bolsonaro invadiram e depredaram os prédios dos Três Poderes em Brasília, em protesto contra o resultado das eleições de 2022. O governo federal decretou intervenção na segurança do Distrito Federal e mais de 1.800 pessoas foram presas nos dias seguintes.

As investigações sobre os atos de 8 de janeiro identificaram financiadores e grupos organizados que planejaram os ataques. Bolsonaro passou a ser investigado após surgirem evidências de que ele havia incentivado discursos golpistas, levando o STF a aceitar denúncias contra centenas de envolvidos. Vários réus já foram condenados por crimes como associação criminosa, dano ao patrimônio público e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

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