Começou nesta quarta-feira (6), a primeira audiência do caso Henry Borel, morto em março, aos 4 anos, no apartamento onde vivia com a mãe Monique Medeiros, e o padrasto, Jairo Sousa Santos. A babá do menino, que dizia saber da agressões contra o menino, mudou sua versão dada a polícia.
Em fevereiro, a babá Thayná Ferreira havia enviado mensagens a Monique relatando reclamações de Henry sobre às agressões que sofria do padrasto. A babá chegou a mandar um vídeo à mãe mostrando o garoto mancando. Mas, na audiência, Thayná afirmou que nunca viu agressão por parte do ex-vereador. E que foi manipulada por Monique para que mentisse.
”No meu entendimento era a Monique que me fazia acreditar em muita coisa e por isso a minha cabeça estava transtornada e eu começava a imaginar um monstro, mas ali no quarto poderia não estar acontecendo nada e eu estava imaginando um monte de coisa”, disse Thayná.
A babá também afirmou que se sentia usada pela mãe de Henry. “Me senti usada em que sentido? No sentido de que ela vinha, contava, tentava me mostrar o monstro do Jairinho e eu ficava com todas as coisas ruins na minha cabeça. Era tudo suposição da minha cabeça. Eu nunca vi nenhum ato”, afirmou Thayná.
A babá mudou o depoimento mais de uma vez
Essa não é a primeira vez que Thayná muda seu depoimento. Em abril, no segundo depoimento à polícia, a babá afirmou que Monique sabia que Henry era agredido por Jairinho e que a mãe do menino havia pedido que ela mentisse. Nessa época, ela relatou três casos onde Henry foi agredido pelo padrasto.
Em março, no seu primeiro depoimento à polícia, Thayná havia dito que nunca percebeu nada de anormal na relação entre Monique, Jairinho e Henry Borel.
A audiência teve o final no início da madrugada desta quinta-feira, 7, após 10 horas de depoimentos, inclusive o pai do Henry, Leniel Borel. As próximas audiências estão marcadas para os dias 14 e 15 de dezembro.
Jairinho e Monique continuam presos e estão sendo acusados de assassinato.