Caso Henry: mãe e vereador são presos por homicídio e tortura

A professora Monique Medeiros da Costa e Silva e seu companheiro Jairo Souza Santos Junior, o vereador Dr Jairinho (Solidariedade), foram presos nesta quinta-feira por envolvimento na morte do menino Henry, filho de Monique. Segundo o delegado Henrique Damasceno, responsável pelo caso, Henry Borel Medeiros foi torturado pela mãe e pelo padrasto sem chances de defesa, fator que leva os autores do crime a uma pena de 30 anos, se condenados.

As investigações da Policia Civil concluíram após ouvir 18 testemunhas no inquérito que o parlamentar “Impunha uma rotina de violência ao enteado”. Para o delegado, que classificou o crime como homicídio duplamente qualificado, “há provas contundentes que revelam fundadas razões de autoria de crime hediondo”. Foram feitas perícias nos celulares e computadores apreendidos com o pai do menino, o engenheiro Leniel Borel de Almelda, e com sua ex-mulher Monique. Eles conseguiram recuperar  mensagens enviadas pela babá de Henry à patroa, a alertando sobre as agressões.

Fotógrafo que acusou Jairinho de tortura perde esposa e filhos

O vereador já foi acusado de participar de sessões de tortura contra uma equipe de reportagem que fazia trabalho investigativo na região que comandava, em 2008. Segundo relatos do fotógrafo Nilton Claudino, um e dos dois jornalistas agredidos na ocasião: “esse político me batia muito. Perguntava o que eu tinha ido fazer na Zona Oeste. Questionava se eu não amava meus filhos”. A policia Civil do Rio de Janeiro chegou a investigar o caso, mas o inquérito não foi suficiente para indiciá-lo.

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Polícia desmantela esquema nacional de golpes bancários

Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagra a Operação Falsa Central, uma ação coordenada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foram cumpridos 95 mandados judiciais em todo o país — 58 de busca e apreensão e 37 de prisão —, além do bloqueio de 438 contas bancárias ligadas ao grupo.

A operação, nesta quinta-feira (21/11), que contou com apoio das polícias civis de São Paulo, Pernambuco, Pará, Piauí e Ceará, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central bancária. O esquema causou prejuízos de aproximadamente R$ 200 mil a 27 vítimas identificadas apenas em Goiás.

O delegado William Bretz, chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Deic), conta que a Operação terá desdobramentos.

“A partir da análise do número 0800 usado no golpe, os investigadores descobriram outras 449 linhas vinculadas ao grupo, sugerindo um esquema de alcance nacional. Embora a primeira fase da operação tenha focado nas vítimas goianas, há indícios de centenas de outras vítimas em diferentes estados, que serão o alvo das próximas etapas”, disse.

Os envolvidos responderão por crimes como fraude eletrônica, furto mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de prisão. As investigações continuam sob responsabilidade do Gref/Deic de Goiás.

Alerta à população:

A Polícia Civil orienta que a população desconfie de mensagens ou ligações suspeitas sobre compras não reconhecidas e que jamais realize transações ou forneça dados pessoais sem antes confirmar diretamente com seu banco.

Em casos suspeitos, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência imediatamente.

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