Ex-funcionários do influenciador Hytalo Santos, preso na última sexta-feira, 15, em São Paulo, apresentaram denúncias ao Ministério Público do Trabalho da Paraíba (MPT-PB) sobre a rotina na mansão do influenciador. Em entrevista a CNN a advogada Rayanne Aversari Câmara, que representa os ex-funcionários, os relatos apontam para um ambiente “degradante” e “assediador”, com restrições severas ao acesso a necessidades básicas, como alimentação regular e uso de banheiros.
Segundo os denunciantes, que trabalhavam como seguranças, tanto eles quanto os adolescentes mantidos na residência enfrentavam regras rígidas de controle e monitoramento, incluindo o uso limitado de telefones celulares. O acesso ao interior da casa, onde ocorriam as gravações, também era restrito, dificultando qualquer acompanhamento das atividades realizadas no local.
A advogada destacou ainda que visitas do Conselho Tutelar eram previamente organizadas, com orientações específicas para que “tudo ficasse organizado” durante as inspeções. Mesmo assim, os denunciantes afirmam que essas visitas não resultavam em mudanças efetivas nas condições da mansão.
O MPT-PB investiga o caso sob suspeita de exploração infantil e tráfico humano, considerando que os adolescentes eram mantidos na residência e geravam lucro por meio da produção de conteúdo para as redes sociais.