Caso Luana: Caiado visita pais de menina assassinada em Goiânia

O governador Ronaldo Caiado visitou, na tarde desta quinta-feira, 1º, a família da menina Luana Marcelo Alves, de 12 anos, vítima de assassinato no último domingo, 27, no setor Madre Germana 2, em Goiânia. O chefe do Executivo estadual foi recebido pelo pai da menor, o comerciante Robson Marcelo dos Santos, e pela mãe, a diarista Jheiny Hellen.

“É difícil imaginar o que vocês estão passando com tamanha barbaridade. Não existem palavras para consolá-los nessa hora, mas fiz questão de vir aqui porque sou pai e infelizmente já passei por isso, dói na gente”, disse o governador Ronaldo Caiado em solidariedade ao mencionar a perda do filho em julho deste ano.

Caiado acompanhou, desde o início da investigação, o trabalho das forças de segurança para desvendar o desaparecimento de Luana, vista pela última vez ao sair de casa para comprar salgados em uma mercearia próxima. O caso está sob responsabilidade da Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO), que identificou a autoria do crime e representou pela prisão em flagrante do suspeito Reidimar Silva, de 31 anos, que também é acusado de tentativa de estupro.

O governador comprometeu-se ainda a fortalecer os mais mecanismos para coibir esse tipo de crime. “É inadmissível e inaceitável. É algo que não pode ser colocado como mais uma estatística”, assegurou. “Temos de tomar medidas que sejam protetivas à população do Estado de Goiás”, afirmou Caiado sobre a necessidade de avançar na legislação para que as pessoas com passagem por estupro tenham a liberdade limitada.

Em clima de consternação e muita tristeza, os pais da menina receberam o governador de forma reservada e não falaram com a imprensa. Para o avô paterno de Luana, José Eurípedes dos Santos, o que resta agora é saudade e o desejo de que a justiça seja feita. “O que fizeram com a minha neta eu não quero que aconteça com mais ninguém”.

O caso

Luana Marcelo Alves, de 12 anos, desapareceu na manhã do último domingo, após sair de casa a pé para comprar salgados em uma mercearia localizada a cerca de 300 metros de sua residência, no setor Madre Germana 2, em Goiânia. De acordo com a Polícia Civil, que teve acesso a imagens de câmeras de segurança, a menina fazia o caminho de volta quando foi abordada pelo suspeito em um carro.

O servente de pedreiro Reidimar Silva confessou ter matado a vítima, depois que ela resistiu a uma tentativa de estupro. Em depoimento, ele disse que asfixiou Luana, ateou fogo, enterrou no quintal e colocou cimento por cima, o que dificultou a localização do corpo. O homem também confessou ter consumido álcool e drogas na noite anterior ao crime.

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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