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Caso Luana: Família descreve momentos com a menina “alegre”

Última atualização 03/12/2022 | 08:09

A família da menina Luana Marcella, assassinada no último fim de semana, relembrou a personalidade marcante da jovem durante o velório realizado hoje, sexta-feira, 02. Segundo os parentes, a estudante de 12 anos era alegre, sonhadora e queria ser médica. O corpo foi velado nesta manhã em uma igreja batista do bairro onde morava, no Madre Germana 2, em Goiânia. 

O avô José Eurípedes Santos, de 60 anos, está consternado. O idoso diz que não entende o motivo de Reidimar ter cometido o crime contra a neta. “Dava 17 horas, ela ia para o quarto estudar e falava que ia ser médica. Estamos muito abalados. Não entendemos porque fizeram isso com ela”, lamenta.

Para o pai, a ausência de doçura e cuidado da filha serão sentido eternamente. “Como a mãe dela trabalha muito e eu também, ela meio que era a dona da casa. Ela ligava para mim: ‘papai, o senhor vem almoçar? Porque eu vou fazer”, relembra o microempresário dono de uma distribuidora de bebidas, Robson Alves. Ele diz que a garota era estudiosa e esforçada.

“A memória que tenho da Luana é de ver ela sempre alegre e sorrindo. Era uma menina com muitos sonhos e planos. Isso tudo foi interrompido. Nunca vi a Luana triste. Essa lembrança dela sorrindo vai ficar comigo”, afirma a tia da menina, Graziellen Costa.

Assim como muitos adolescentes, Luana gostava de ficar ao celular. Ela, inclusive, gravava vídeos com selfies e dancinhas para o aplicativo TikTok. Os professores e colegas de escola estão inconsoláveis. A comunidade escolar está preparando uma homenagem para  a menina. 

Relembre

Luana foi encontrada por policiais civis na última terça-feira, 29, enterrada em uma cova na casa do homem que confessou o crime. O ajudante de pedreiro Reidimar Silva afirmou ter queimado o corpo com madeira e isopor antes de tapar o buraco com cimento, o que dificultou a localização por cães farejadores. Antes, ele a matou enforcada. Luana ainda não foi sepultada pela família.

Para a delegada responsável pelo caso, Carolina Borges, é provável que Reidimar tenha feito mais vítimas. Ela acredita que o modus operandi marcado pela frieza e ausência de motivação para o crime apontam que ele já tenha agido antes. Ele, inclusive, chegou a  responder criminalmente por estupor, mas foi absolvido. O suspeito tem processos por furto e por recepção.

As buscas pela menina começaram no domingo, 27, quando ela demorou a retornar para casa. Ela havia saído com R$ 10, a pedido da mãe, para fazer compras em uma padaria próxima.  Imagens de câmera de segurança ao longo do trajeto mostram Luana indo e voltando do estabelecimento comercial, mas os registros ocorrem somente até ela entrar na rua da residência. O carro do suspeito apareceu por duas vezes na região onde Luana desapareceu.

Em depoimento, o suspeito disse que havia consumido álcool e cocaína e convenceu a jovem a entrar no carro dizendo que teria uma quantia em dinheiro a ser entregue para a mãe dela como pagamento de uma dívida. Reidimar deve responder por ocultação de cadáver, estupro e homicídio qualificado.

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