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Caso Luana: suspeito de matar e estuprar a menina pode ter feito outras vítimas

Última atualização 29/11/2022 | 15:03

O ajudante de pedreiro Reidimar Silva, de 31 anos, assassino confesso da menina Luana Marcelo, de 12 anos, pode ter estuprado outras vítimas. A delegada responsável pela investigação, Carolina Borges, acredita que a forma como o crime ocorreu, a falta de motivação e a frieza do suspeito sugerem que ele pode ter um histórico criminal mais longo. O homem já chegou a responder criminalmente por estupro, mas foi absolvido, por furto e por recepção.

“Acredito que esse tipo de situação não é de um crime só. Não tem motivação e nem explicação. A menina tem 12 anos… E ter coragem de fazer esse tipo de coisa. Acredito que possa ser sim um serial em razão do modus operandi“, declarou a delegada.

Uma mulher já procurou a delegacia para informar ter sido estuprada por um homem com características físicas semelhantes às de Reidimar. As buscas pela menina começaram no domingo, 27, quando ela demorou a retornar para casa no bairro Madre Germana 2, em Goiânia. Ela havia saído com R$ 10, a pedido da mãe, para fazer compras em uma padaria próxima. 

Imagens de câmera de segurança ao longo do trajeto mostram Luana indo e voltando do estabelecimento comercial, mas os registros ocorrem somente até ela entrar na rua da residência. O carro do suspeito apareceu por duas vezes na região onde Luana desapareceu.

Reidimar é um conhecido da família de Luana. O pai, segundo a delegada Carolina, teria afirmado que o suspeito chegou a ser ajudado com leite por ele quando criança. O ajudante de pedreiro confessou aos policiais ter estrangulado a menina após tentar estuprá-la. Ele apresenta arranhões no rosto que sinalizaram tentativa da menina de fugir. 

Em depoimento, o suspeito disse que havia consumido álcool e cocaína e convenceu a jovem a entrar no carro dizendo que teria uma quantia em dinheiro a ser entregue para a mãe dela como pagamento de uma dívida.

Após matá-la na casa dele, o homem ateou fogo no corpo da garota junto a madeira e isopor e depois a enterrou em uma cova e tampou com cimento. Por isso, o trabalho de buscas foi mais longo. A delegada afirmou que o cimento atrapalhou os cães farejadores a encontrar o corpo de Luana. Reidimar deve responder por ocultação de cadáver, estupro e homicídio qualificado.