Caso Marielle Franco: após condenação, famílias buscam justiça contra mandantes

Após a leitura da sentença que condenou Ronnie Lessa e Élcio Queiroz pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, as famílias das vítimas se abraçaram e se emocionaram com o resultado do julgamento. No entanto, a luta pela justiça não terminou ali. Imediatamente depois da condenação, as famílias sinalizaram que vão seguir lutando, desta vez pela condenação dos mandantes dos crimes.
 
“Não acaba aqui porque tem mandantes. E agora a pergunta que nós vamos fazer é: ‘Quando serão condenados os mandantes?’ Porque aquele choro que eles exibem nas suas oitivas, pra mim, não é um choro sincero. O choro sincero foi o nosso, porque nós perdemos a nossa filha, a Agatha perdeu o Anderson e a Mônica perdeu a Marielle,” afirmou Antônio da Silva Neto, pai de Marielle, no Tribunal de Justiça do Rio.
 
Os acusados de serem mandantes dos crimes são os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, além do ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa. Eles serão julgados no Supremo Tribunal Federal (STF). A Primeira Turma do STF já aceitou a denúncia e tornou réus os acusados, que vão responder a uma ação penal pelos crimes.
 
A ministra da Igualdade Racial e irmã de Marielle, Anielle Franco, reforçou a determinação da família em buscar justiça. “A gente sabia que tinha que lutar e batalhar por Justiça e hoje a gente sai daqui com esse sentimento. A gente sabe que não acaba aqui, ainda tem uma parte, saber quem pensou, quem mandou, quem pagou por esse crime,” disse.
 
Luyara Franco, filha de Marielle, também expressou a coragem e a determinação da família. “A nossa coragem trouxe a gente até aqui. É um dia muito difícil. Eu tenho certeza que nenhum de nós queríamos estar aqui. A Agatha queria o Anderson aqui, eu queria minha mãe aqui. Mas com certeza o dia de hoje entra para a história e para a democracia desse país. A gente tem muitos passos pela frente ainda nesse caso como um todo, mas hoje com certeza é o primeiro passo por eles e a gente vai seguir lutando.”
 
Ronnie Lessa, o autor dos disparos na noite de 14 de março de 2018, foi condenado a 78 anos e 9 meses de prisão, enquanto Élcio Queiroz, que dirigiu o veículo usado no atentado, recebeu uma pena de 59 anos e 8 meses. Ambos firmaram acordos de delação premiada, o que reduzirá os tempos de execução de suas penas.
 
Além das penas de prisão, Ronnie Lessa e Élcio Queiroz também terão que pagar indenizações que somam R$ 3,5 milhões aos parentes das vítimas. Os valores serão divididos entre os dois condenados e incluem indenizações por dano moral para o filho de Anderson, Arthur; a viúva de Anderson, Ágatha Arnaus; a filha de Marielle, Luyara Franco; a viúva de Marielle, Mônica Benício; e a mãe de Marielle, Marinete Franco.
 
A viúva de Anderson, Ágatha Arnaus, reforçou a necessidade de responsabilizar todos os envolvidos. “Quem tem que perdoar é Deus ou quem acredite. Eu não perdoo, nunca. Eu tenho paz na minha vida, mas eu não preciso perdoar. Que eles eram assassinos, a gente já sabia. Agora a gente também tem ex-parlamentares e ex-chefe de polícia que tem que ser responsabilizados também.”
 
Com a condenação dos executores, as famílias de Marielle e Anderson agora miram a justiça contra os supostos mandantes, determinadas a não parar até que todos os responsáveis sejam punidos.

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Médica acusada de mandar matar marido alega ser vítima de abusos: entenda o caso completo no F5 News, parceiro do Metrópoles

A médica Daniele Barreto Oliveira, de 46 anos, está atualmente presa em Aracaju (SE) acusada de encomendar o assassinato de seu marido, o advogado criminalista José Lael de Souza Rodrigues Júnior, de 42 anos. No entanto, a defesa de Daniele apresentou cartas e vídeos que detalham uma história de abusos físicos, sexuais, patrimoniais e psicológicos sofridos pela médica ao longo dos anos de convivência com seu marido. As cartas, escritas à mão e com um total de 12 páginas, foram divulgadas e tiveram sua veracidade confirmada pela defesa de Daniele.

José Lael foi assassinado a tiros em uma emboscada no dia 18 de outubro em Aracaju (SE), e a Secretaria de Segurança Pública de Sergipe aponta Daniele como a mandante do crime. Por outro lado, a médica nega veementemente as acusações, afirmando ser inocente e que era constantemente ameaçada e agredida pelo marido, com quem já não compartilhava o mesmo quarto.

A defesa de Daniele apresentou vídeos que mostram a médica sendo abusada sexualmente por Lael enquanto estava inconsciente em sua cama, além de um vídeo em que Daniele aparece com o rosto vermelho, alegando ter sido agredida momentos antes. Nas imagens, José Lael também é visto tentando interrompê-la. Essas evidências serão utilizadas como prova pela defesa de Daniele, que alega que ela está sendo injustamente acusada.

É importante ressaltar que o caso tem gerado grande repercussão e está sendo acompanhado de perto pela opinião pública e pelas autoridades competentes. A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) está acompanhando o desenrolar do caso, que tem levantado debates sobre violência doméstica e abuso de poder. A história de Daniele e José Lael serve como alerta para a necessidade de atenção e proteção em casos de violência dentro de relacionamentos.

Para mais informações e detalhes sobre o caso, é possível acessar a reportagem completa em F5 News, parceiro do Metrópoles. A cobertura jornalística continua trazendo atualizações e novos desdobramentos sobre o caso. Além disso, para ficar por dentro de todas as notícias do Metrópoles, é possível se inscrever no canal de notícias no Telegram e receber todas as novidades em tempo real. A história de Daniele e José Lael é um lembrete da importância de se discutir e combater todas as formas de violência e abuso, garantindo a proteção e a segurança de todas as pessoas.

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