O padrasto de Pedro Lucas, criança desaparecida há mais de quatro meses, foi indiciado por matar e ocultar o corpo de menino. Apesar da ossada de Pedro Lucas ainda não ter sido encontrada, o homem confessou o assassinato e cometeu como havia cometido para companheiros de cela. Ele está detido desde preventivamente suspeito de cometer o crime.
O delegado responsável pelo caso, Adelson Candeo, contou que a confissão chegou até a direção da Casa de Prisão Provisória (CPP) após outros dois presos escreverem cartas relatado o ocorrido. Segundo os detentos, José Domingos Silva Santos, de 22 anos, relatou como o crime havia sido praticado.
José Domingo foi indiciado pelo crime de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver nesta segunda-feira, 5. O delegado apontou ainda que, apesar do corpo não ter sido encontrado, investigações apontaram indícios de que o padrasto havia participado do crime.
“A demora do padrasto e da mãe da criança em registrar a ocorrência. Eles só procuraram a polícia quatro dias depois do desaparecimento do garoto. Só foram à polícia esse dia porque o Conselho Tutelar esteve na residência e os intimou para que fizessem o registro”, afirmou Adelson Candeo.
Outro ponto que chamou a atenção dos investigadores foi a mudança repentina na logística da família. Pedro Lucas era responsável por levar e buscar o irmão menor na escola, mas isso não aconteceu no dia do crime. A criança chegou a levar o caçula até a instituição de ensino, mas foi o padrasto quem buscou.
José Domingos está preso desde o dia 8 de janeiro, quando teve a prisão decretada após a polícia encontrar vestígios de sangue na casa onde a família morava. O padrasto teve a prisão prorrogada pela Justiça por mais 30 dias, para que ele não interferisse na investigação.
Relembre o caso
Pedro Lucas foi visto pela última vez no dia 1º de novembro, após deixar o irmão mais novo em uma escola de Rio Verde. Ele deixou o caçula e, em seguida, foi até a escola onde estudava.
Câmeras de segurança de estabelecimentos registraram a criança no dia do desaparecimento. Ele aparece, nas imagens, conversando com uma amiga perto da casa onde morava. Outra câmera também registrou Pedro Lucas andando sozinho perto da casa onde morava com a família.
A família demorou cerca de quatro dias para relatar o sumiço da criança a polícia. Uma busca por vestígios de sangue com reagentes químicos chegou a ser realizada na casa da família, mas nenhum pertencia a Pedro Lucas. Os DNA´s colhidos no local não coincidem com nenhum dos moradores da casa ou com o pai biológico da criança.
Em 8 de janeiro, a Polícia Civil de Goiás encontrou uma ossada há cerca de 5 km de onde a família morava. Exames necrotérios informaram que os ossos não eram de Pedro Lucas e sim de um adolescente de 16 anos, que também estava desaparecido desde 23 de novembro de 2023.
As buscas pelo corpo do menino foram retomadas pelo Corpo de Bombeiros no dia 29 de janeiro, mas nenhuma novidade foi divulgada.
Durante as buscas, uma ossada chegou a ser encontrada a 5km de distância da casa da família, mas exames necrotérios informaram que os ossos não eram do menino.