Exames feitos na ossada do corpo de Thaís Lara indicaram que o acusado Reidimar Silva Santos separou os braços, antebraços e coxas antes de queimar os restos mortais e jogá-los numa cisterna da casa onde morava.
O crime aconteceu em 2019, mas a ossada foi descoberta após Reidimar ser preso pelo assassinato de Luana Marcelo Alves, de 12 anos, no Madre Germana II, em Goiânia. Ele confessou o assassinato de Thaís e indicou o local onde o corpo estava escondido.
De acordo com a Polícia Civil (PCGO), o acusado enforcou Thaís até a morte, desmembrou partes do corpo, jogou na cisterna de casa e depois ateou fogo.
Os exames feitos em 23 de janeiro deste ano apontaram diversas fraturas no esqueleto da vítima, com características diferentes. Em relação às fraturas nos ossos dos membros superiores e inferiores, mais especificamente do braço, antebraços e coxas, o médico legista constatou que a segmentação corporal foi feita após a morte.
“Observando a extremidade das fraturas no fêmures, foi possível observar que parte da superfície da fratura e alguns pontos internos ao osso, havia a presença de fuligem/áreas escurecidas, indicando que estas estruturas já estavam fragmentadas quando atingidas pelo calor/fogo. Portanto, a ação térmica nestas regiões aconteceu com estas estruturas já fragmentadas”, destacou o legista.
Foi apontado ainda pela polícia que os membros/ossos foram segmentados por emprego de ação violenta por instrumento ou meio de ação corto contundente, cujos atos de segmentação foram empregados por golpes distintos em quantidade indeterminada, mas havendo compatibilidade temporal, ou seja, produzida no mesmo evento.
A perícia constatou que não foi possível estimar a causa e o tempo da morte, por causa de fatores de decomposição do corpo e acesso de animais ao local.
Morte de Thaís Lara
Thaís Lara foi morta em 2019 ao sair de casa e ir até uma feira do setor Madre Germana II, onde morava com a família. Para a polícia, Reidimar contou que matou a menina porque ficou com raiva após ela perguntar se ele havia estuprado uma adolescente em 2015, uma informação que circulava pelo bairro.
“Ela perguntou se era verdade o que o pessoal falava no bairro, que ele era estuprador. Ele disse que ficou com muita raiva e partiu para cima dela”, detalhou a delegada Ana Paula Machado, responsável pelo caso.
Reidimar contou à polícia que enforcou Thaís Lara, queimou o corpo dela e o jogou em uma cisterna da casa onde morava. A ossada foi encontrada em 11 de janeiro de 2022.
A delegada informou que Reidimar foi indiciado por homicídio qualificado, ocultação e vilipêndio de cadáver. Os documentos estão em análise no Ministério Público.
Reidimar está preso desde dezembro de 2022, após confessar que foi responsável pelo sumiço e morte de outra adolescente, Luana Marcelo.