Caso Thaís Lara: Assassino confessa ter queimado e jogado menina em cisterna

Caso Thaís Lara: Assassino confessa ter queimado e jogado menina em cisterna

O assassino da menina Luana Marcelo confessou ter ateado fogo no corpo da segunda vítima antes de jogá-la em uma cisterna. Ossada humana foi encontrada no local apontado pelo homem. A adolescente Thais Lara teria sido morta com o mesmo modus operandi do crime desvendado há dois meses pela Polícia Civil (PC). A dúvida dos investigadores é se o homem também teria estuprado, que tinha 13 anos de idade.

 

A suspeita de que outras mulheres tinham sido mortas por Reidimar já havia sido levantada pela delegada responsável pelo inquérito Caroline Borges do homicídio contra Luana. É que Thaís havia desaparecido na mesma região em agosto de 2019 após ir à feira do setor Madre Germana 2, em Goiânia.  Embora houvesse suspeitas, o caso de ambas as vítimas  foi concluído por falta de indícios ou mais provas. 

 

Em relação a Thaís, o arquivamento ocorreu em 2020 e reaberto com a apuração da morte de Luana. Com a informaçao de que Reidimar teria pedido uma bíblia e confessado mediante ela a autoria de mais um assassinato ao diretor da Central de Triagem do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, Irleone Rodrigues, o inquérito foi retomado. Ele teria dito em depoimento ainda no ano passado que conhecia apenas “de vista” a adolescente que estava sumida havia mais de três anos.

 

Relembre

 

As buscas pela menina Luana Marcelo começaram quando ela demorou a retornar para casa. A jovem, de 12 anos, havia saído com R$ 10, a pedido da mãe, para fazer compras em uma padaria próxima à casa da família.  Imagens de câmera de segurança ao longo do trajeto mostram a estudante indo e voltando do estabelecimento comercial, mas há registros somente até ela entrar na rua da residência. 

 

O carro de Reidimar apareceu por duas vezes na região onde Luana desapareceu. Em depoimento, o suspeito disse que havia consumido álcool e cocaína e convenceu a jovem a entrar no carro dizendo que teria uma quantia em dinheiro a ser entregue para a mãe dela como pagamento de uma dívida. A perícia confirmou ter ocorrido estupro e morte por asfixia antes de a menina ser enterrada em um buraco aberto no quintal da casa do ajudante de pedreiro. A cova foi tapada com cimento para despistar os policiais.

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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